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12/06/2000
-
23h11
SERGIO TORRES da Sucursal do Rio
O governador do Rio, Anthony Garotinho, e o comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM), coronel José Penteado, reconheceram nesta segunda à noite que não tinham como precisar de onde partiram os três tiros que mataram a refém Geísa Firmo Gonçalves _se dos policiais ou do próprio sequestrador.
"Não tenho como lhe afirmar isso", disse Garotinho. "Não saberia responder", disse o coronel. O governador prometeu que o resultado da perícia para esclarecer essa dúvida sai amanhã de manhã.
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil, Pedro Paulo Pontes de Pinho, disse à Folha não acreditar que os três tiros que vitimaram Geísa Firmo Gonçalves tenham partido do revólver do criminoso, uma pistola calibre 38 com tambor de seis balas.
Para o delegado, é possível, "em tese", que o homem tenha atirado três vezes contra a jovem que usava como escudo, mas a experiência policial mostra que essa possibilidade é pequena.
Mesmo baleado, o criminoso poderia ter disparado uma vez, mas não mais duas vezes, segundo Pontes de Pinho.
"Muitos PMs se aproximaram dele, para abafá-lo. Provavelmente, um dos policiais foi direto na arma do bandido, até para que ele não disparasse contra os PMs. Um dos tiros pode ter partido do bandido. Os outros dois, não", afirmou o delegado.
Para o presidente do sindicato, houve "uma operação completamente equivocada" por parte da polícia.
"Deveria haver apenas um atirador de elite, que entraria em ação após o sinal verde do comandante da operação. Depois do sinal verde, o atirador escolheria o momento certo de agir", disse o delegado.
Antes de sair do ônibus, o sequestrador usou três balas de seu revólver: uma contra o vidro, outra contra o chão (na simulação do assassinato de uma refém) e outra contra um carro de reportagem.
Além de não poder precisar quem atirou na refém morta, o governador também não sabia, ontem à noite, a identidade do criminoso morto e se ele tinha antecedentes criminais. Não sabia também quantos tiros o sequestrador levou.
O marido de Geísa, Alexandre Magno, também é migrante cearense. Em depoimento à 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), ele disse que assistiu ao sequestro pela TV e depois foi para o local. Alexandre, que é cavalariço do Jockey Clube, saiu da DP sem falar com a imprensa.
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Garotinho promete esclarecer dúvida sobre morte de estudante amanhã
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O governador do Rio, Anthony Garotinho, e o comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM), coronel José Penteado, reconheceram nesta segunda à noite que não tinham como precisar de onde partiram os três tiros que mataram a refém Geísa Firmo Gonçalves _se dos policiais ou do próprio sequestrador.
"Não tenho como lhe afirmar isso", disse Garotinho. "Não saberia responder", disse o coronel. O governador prometeu que o resultado da perícia para esclarecer essa dúvida sai amanhã de manhã.
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil, Pedro Paulo Pontes de Pinho, disse à Folha não acreditar que os três tiros que vitimaram Geísa Firmo Gonçalves tenham partido do revólver do criminoso, uma pistola calibre 38 com tambor de seis balas.
Para o delegado, é possível, "em tese", que o homem tenha atirado três vezes contra a jovem que usava como escudo, mas a experiência policial mostra que essa possibilidade é pequena.
Mesmo baleado, o criminoso poderia ter disparado uma vez, mas não mais duas vezes, segundo Pontes de Pinho.
"Muitos PMs se aproximaram dele, para abafá-lo. Provavelmente, um dos policiais foi direto na arma do bandido, até para que ele não disparasse contra os PMs. Um dos tiros pode ter partido do bandido. Os outros dois, não", afirmou o delegado.
Para o presidente do sindicato, houve "uma operação completamente equivocada" por parte da polícia.
"Deveria haver apenas um atirador de elite, que entraria em ação após o sinal verde do comandante da operação. Depois do sinal verde, o atirador escolheria o momento certo de agir", disse o delegado.
Antes de sair do ônibus, o sequestrador usou três balas de seu revólver: uma contra o vidro, outra contra o chão (na simulação do assassinato de uma refém) e outra contra um carro de reportagem.
Além de não poder precisar quem atirou na refém morta, o governador também não sabia, ontem à noite, a identidade do criminoso morto e se ele tinha antecedentes criminais. Não sabia também quantos tiros o sequestrador levou.
O marido de Geísa, Alexandre Magno, também é migrante cearense. Em depoimento à 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), ele disse que assistiu ao sequestro pela TV e depois foi para o local. Alexandre, que é cavalariço do Jockey Clube, saiu da DP sem falar com a imprensa.
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