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02/03/2001
-
19h19
da Folha de S.Paulo
Um equipamento capaz de bloquear telefones celulares em um local determinado começa a ser testado a partir da próxima semana no Centro Penitenciário do Estado de Goiás.
O aparelho para bloquear os sinais de celulares, desenvolvido por dois engenheiros goianos, já foi testado no presídio feminino antes do Carnaval e aprovado pela Agência Goiana do Sistema Prisional, ligada ao governo do Estado.
O sistema trabalha com ondas do mesmo tipo das emitidas pelos aparelhos celulares. Pode ser ajustado para bloquear uma área específica. "Tanto pode ser uma sala de dez m2 quanto uma área de um quilômetro", afirmou João Batista Peres, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto.
"Fizemos o teste e confirmamos que o sistema realmente bloqueia os celulares sem interferir em outras ondas", afirmou Rodrigo Gabriel Moisés, diretor da agência.
A intenção do governo goiano é instalar o sistema nos maiores presídios do Estado. "Vai depender do custo", disse Moisés.
Peres calcula que, dependendo do tamanho da área onde o sistema seria instalado, o custo varia de R$ 3.000 a R$ 10 mil.
A empresa não tem a intenção de vender os aparelhos, mas alugá-los. Depois de instalados, cobraria uma taxa mensal de manutenção.
O aparelho ainda precisa de uma autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ser vendido, já que o sistema trabalha com ondas. "Vamos encaminhar à Anatel o pedido", afirmou Peres.
A assessoria da Anatel informou que a agência não recebeu documentação do aparelho.
Logo após as rebeliões registradas em São Paulo, o ministro da Justiça, José Gregori, procurou a Anatel solicitando informações sobre a viabilidade de implantação do bloqueio de celulares em presídios. A agência disse que existe solução técnica para impedir a transmissão de celulares, mas ainda não haveria equipamentos disponíveis no Brasil.
Idéia
Os engenheiros começaram a desenvolver o sistema a partir do pedido de um diretor de presídio no interior de São Paulo.
"Há dois anos estávamos instalando uns equipamentos e o diretor nos perguntou se não havia essa tecnologia", conta Peres. "Então decidimos começar a pesquisar."
Os testes começaram a ser feitos há cerca de um ano. No final do ano passado, Peres apresentou o sistema em um encontro de dirigentes prisionais em Brasília.
Segundo ele, havia um representante do Estado de São Paulo, mas ninguém demonstrou interesse. "Estão procurando uma tecnologia para bloquear os celulares e ela já existe", disse.
O engenheiro quer testar o sistema em um presídio de grande porte. Para isso, ele diz que gostaria de ter a permissão da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
O Ministério da Justiça também conhecia o projeto por meio da ex-diretora do Depen (Departamento de Política Penitenciária) Rosângela Magalhães.
Ela diz que, quando estava no governo, foi procurada pelos engenheiros para dar um parecer sobre a legalidade do sistema. "Eu os convidei para apresentar o projeto no fórum (de dirigentes prisionais). Estávamos esperando os testes finais para ver como funcionaria", disse Rosângela.
Goiás testa equipamento para bloquear celulares em presídios
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Um equipamento capaz de bloquear telefones celulares em um local determinado começa a ser testado a partir da próxima semana no Centro Penitenciário do Estado de Goiás.
O aparelho para bloquear os sinais de celulares, desenvolvido por dois engenheiros goianos, já foi testado no presídio feminino antes do Carnaval e aprovado pela Agência Goiana do Sistema Prisional, ligada ao governo do Estado.
O sistema trabalha com ondas do mesmo tipo das emitidas pelos aparelhos celulares. Pode ser ajustado para bloquear uma área específica. "Tanto pode ser uma sala de dez m
"Fizemos o teste e confirmamos que o sistema realmente bloqueia os celulares sem interferir em outras ondas", afirmou Rodrigo Gabriel Moisés, diretor da agência.
A intenção do governo goiano é instalar o sistema nos maiores presídios do Estado. "Vai depender do custo", disse Moisés.
Peres calcula que, dependendo do tamanho da área onde o sistema seria instalado, o custo varia de R$ 3.000 a R$ 10 mil.
A empresa não tem a intenção de vender os aparelhos, mas alugá-los. Depois de instalados, cobraria uma taxa mensal de manutenção.
O aparelho ainda precisa de uma autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para ser vendido, já que o sistema trabalha com ondas. "Vamos encaminhar à Anatel o pedido", afirmou Peres.
A assessoria da Anatel informou que a agência não recebeu documentação do aparelho.
Logo após as rebeliões registradas em São Paulo, o ministro da Justiça, José Gregori, procurou a Anatel solicitando informações sobre a viabilidade de implantação do bloqueio de celulares em presídios. A agência disse que existe solução técnica para impedir a transmissão de celulares, mas ainda não haveria equipamentos disponíveis no Brasil.
Idéia
Os engenheiros começaram a desenvolver o sistema a partir do pedido de um diretor de presídio no interior de São Paulo.
"Há dois anos estávamos instalando uns equipamentos e o diretor nos perguntou se não havia essa tecnologia", conta Peres. "Então decidimos começar a pesquisar."
Os testes começaram a ser feitos há cerca de um ano. No final do ano passado, Peres apresentou o sistema em um encontro de dirigentes prisionais em Brasília.
Segundo ele, havia um representante do Estado de São Paulo, mas ninguém demonstrou interesse. "Estão procurando uma tecnologia para bloquear os celulares e ela já existe", disse.
O engenheiro quer testar o sistema em um presídio de grande porte. Para isso, ele diz que gostaria de ter a permissão da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
O Ministério da Justiça também conhecia o projeto por meio da ex-diretora do Depen (Departamento de Política Penitenciária) Rosângela Magalhães.
Ela diz que, quando estava no governo, foi procurada pelos engenheiros para dar um parecer sobre a legalidade do sistema. "Eu os convidei para apresentar o projeto no fórum (de dirigentes prisionais). Estávamos esperando os testes finais para ver como funcionaria", disse Rosângela.
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