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13/06/2000
-
22h27
da Sucursal de Brasília
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), criticou nesta terça-feira (13) o comportamento do ministro da Justiça, José Gregori, no episódio do sequestro do ônibus no Rio de Janeiro e acusou o governo federal de não tomar providências contra a violência.
"Quando o ministro da Justiça fala é até bom porque se ouve a sua voz (riso). Num caso como esse, do sequestro do ônibus, ele deveria ter se deslocado para o Rio de Janeiro", disse.
O senador falou que o presidente Fernando Henrique Cardoso "não tem culpa", mas criticou a "lentidão" com que as providências são tomadas.
Para o presidente do Senado, no episódio específico ocorrido no Rio de Janeiro, a polícia estadual "foi lenta" e o Exército poderia ter sido acionado para dar "uma certa cobertura" para a polícia. O governo também deveria ter reunido as Forças Armadas.
O senador afirmou que tem um projeto com sugestões de combate à criminalidade, mas se queixou de que o governo não consulta o Congresso sobre o tema.
Parlamentares
Para os deputados, a ação da polícia foi considerada uma "sucessão de erros". Durante todo o dia de hoje, os parlamentares criticaram o despreparo dos policiais.
Os deputados em geral afirmaram que os erros dos policiais começaram desde o início da ação. Para eles, a polícia deveria ter esperado o sequestrador descer do ônibus no ponto para prendê-lo, já que não havia até aquele momento uma tentativa de assalto.
Os parlamentares criticaram também a ação do policial que atirou no sequestrador. "O momento e a forma foram inadequados", afirmou o deputado Marcos Rolim (PT-RS), presidente da comissão de Direitos Humanos.
Até o deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ), capitão reformado do Exército e defensor dos policiais, criticou a ação de segunda-feira, mas também colocou a culpa das falhas no governador Garotinho. "Foi uma falha atrás da outra. A PM não teve liberdade de agir porque o governador ficou dando 'piruada' (palpite) por telefone", afirmou Bolsonaro.
A comissão de Direitos Humanos da Câmara fará uma audiência pública no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira. Hoje, o ministro da Justiça, José Gregori, vai depor na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Clique aqui para ler toda a cobertura do caso na página especial Pânico no Rio
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ACM reclama de lentidão nas atitudes contra a violência
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O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), criticou nesta terça-feira (13) o comportamento do ministro da Justiça, José Gregori, no episódio do sequestro do ônibus no Rio de Janeiro e acusou o governo federal de não tomar providências contra a violência.
"Quando o ministro da Justiça fala é até bom porque se ouve a sua voz (riso). Num caso como esse, do sequestro do ônibus, ele deveria ter se deslocado para o Rio de Janeiro", disse.
O senador falou que o presidente Fernando Henrique Cardoso "não tem culpa", mas criticou a "lentidão" com que as providências são tomadas.
Para o presidente do Senado, no episódio específico ocorrido no Rio de Janeiro, a polícia estadual "foi lenta" e o Exército poderia ter sido acionado para dar "uma certa cobertura" para a polícia. O governo também deveria ter reunido as Forças Armadas.
O senador afirmou que tem um projeto com sugestões de combate à criminalidade, mas se queixou de que o governo não consulta o Congresso sobre o tema.
Parlamentares
Para os deputados, a ação da polícia foi considerada uma "sucessão de erros". Durante todo o dia de hoje, os parlamentares criticaram o despreparo dos policiais.
Os deputados em geral afirmaram que os erros dos policiais começaram desde o início da ação. Para eles, a polícia deveria ter esperado o sequestrador descer do ônibus no ponto para prendê-lo, já que não havia até aquele momento uma tentativa de assalto.
Os parlamentares criticaram também a ação do policial que atirou no sequestrador. "O momento e a forma foram inadequados", afirmou o deputado Marcos Rolim (PT-RS), presidente da comissão de Direitos Humanos.
Até o deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ), capitão reformado do Exército e defensor dos policiais, criticou a ação de segunda-feira, mas também colocou a culpa das falhas no governador Garotinho. "Foi uma falha atrás da outra. A PM não teve liberdade de agir porque o governador ficou dando 'piruada' (palpite) por telefone", afirmou Bolsonaro.
A comissão de Direitos Humanos da Câmara fará uma audiência pública no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira. Hoje, o ministro da Justiça, José Gregori, vai depor na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
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