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21/03/2001 - 03h40

Empresa espera receber seguro em até 5 meses

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CHICO SANTOS, da Folha de S.Paulo, no Rio

A Petrobras espera receber no prazo de três meses a cinco meses a indenização de US$ 500 milhões do pool de seguradoras responsável pelo seguro da P-36.

Segundo o diretor financeiro da estatal, Ronnie Vaz Moreira, além do valor da plataforma, o seguro cobre os gastos feitos na tentativa de recuperar a plataforma.

A expectativa de prazo se baseia na média histórica para grandes acidentes. O seguro da plataforma de Enchova, incendiada em 1984, foi recebido em cerca de quatro meses. O seguro da P-36, que vence no próximo dia 31, juntamente com o dos demais equipamentos da estatal, foi feito por um pool liderado pela Bradesco Seguros.

Segundo Moreira, o pool só cobre 0,98% do risco do seguro, cabendo a quase totalidade do valor a um pool internacional de resseguradoras, representado pela corretora norte-americana AON.

Dois inspetores da AON já estão em Macaé.

O acidente deve encarecer a renovação do seguro dos equipamentos. Para o período que vence em 31 de março, a estatal pagou US$ 10 milhões para segurar um patrimônio de US$ 32 bilhões.

Em 1999, a Petrobras havia pago US$ 17 milhões para fazer um seguro no valor total de US$ 23 bilhões. A melhoria foi conseguida graças a um levantamento internacional de preços que gerou um resseguro mais barato.

A Petrobras fechará em 30 dias as contas sobre qual será o prejuízo este ano com o afundamento da P-36. A estatal estima que será de US$ 450 milhões, mas dirigentes admitem que a perda pode ser reduzida em pelos menos um terço (cairia para US$ 300 milhões).

Importação
Moreira disse que, segundo os primeiros cálculos, a estatal deixará de produzir 90 mil barris de óleo por dia. Metade disso será compensado ao não se exportar 45 mil barris por dia de óleo pesado de Marlim (bacia de Campos).

A empresa terá que importar mais 45 mil barris de óleo ultraleve para misturar ao de Marlim e obter um produto semelhante ao do campo de Roncador, onde operava a P-36.

Para reduzir esses números, a estatal estuda levar para Roncador, e não mais para Marlim Sul, a plataforma P-40, na baía de Guanabara à espera de licença ambiental. Outra opção é antecipar de julho para maio a entrada em operação da P-40, no próprio campo de Marlim Sul.

Há também as possibilidades de colocar em operação em Roncador uma das duas plataformas ociosas da estatal (P-21 e P-24) ou de alugar uma plataforma no mercado externo.

O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, disse que, mesmo com o acidente, a Petrobras crê que aumentará a produção, no mínimo, em 55 mil barris por dia, em relação a 2000.
 

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