Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/03/2001 - 03h43

Reichstul se diz frustradíssimo e de luto

Publicidade

DANIELA MENDES, da Folha de S.Paulo

O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, se disse "frustradíssimo e de luto" com o naufrágio da P-36, no campo de Roncador, na bacia de Campos, na manhã de ontem, levando para o fundo do mar o corpo de nove funcionários e uma estrutura de R$ 1 bilhão.

Questionado se os sucessivos acidentes que vêm ocorrendo em instalações da empresa provocaram algum tipo de constrangimento que o impedisse de continuar no cargo, Reichstul afirmou que não havia parado para pensar no assunto.

Além do naufrágio da P-36 ontem, a Petrobras vem enfrentando um desgaste em sua imagem por causa de grandes vazamentos de óleo. Em julho do ano passado, um vazamento na refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR), despejou cerca de 4 milhões de litros de óleo na região.

Em janeiro do mesmo ano, uma falha em um dos dutos da refinaria de Duque de Caxias provocou um derramamento de 1,29 milhão de litros de óleo na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O último vazamento noticiado aconteceu em fevereiro deste ano também no Paraná, na região da Serra do Mar, quando o rompimento de um oleoduto derramou cerca de 50 mil litros na região.

Em entrevista no final da manhã de ontem no Rio, Reichstul anunciou o fracasso das tentativas de resgate da plataforma e dos corpos de funcionários que estavam na P-36. "Mesmo com ela afundando, continuam as buscas dos corpos. Ao afundar, quem sabe a gente possa resgatar algum corpo." No final da tarde, no entanto, a estatal descartou a possibilidade de resgate dos corpos.

Ele definiu o acidente na P-36 como uma "tragédia humana muito grande" e se disse solidário à empresa e às famílias.

O presidente da Petrobras informou que é impossível resgatar a plataforma, devido à profundidade de 1.360 metros no local em que ela afundou. Ele informou que, em 30 dias, a comissão que analisa as causas do acidente deve liberar um parecer. "Uma perícia in loco fica muito difícil, mas vamos utilizar todos os recursos possíveis para descobrir o que aconteceu", disse.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página