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28/03/2001
-
16h27
FABIANE LEITE
da Folha Online
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), ameaçou e advertiu hoje pela manhã os vereadores da base governista que são contra a aprovação de um projeto enviado por ela à Câmara que propõe aumentos de até 41,65% para o alto escalão da prefeitura.
Marta disse que os parlamentares podem "ir para o brejo" (uma referência aos prejuízos políticos possíveis) junto com o governo se mantiverem a posição.
A prefeita voltou a justificar o projeto de aumento_segundo ela, o reajuste é necessário para que a administração consiga manter funcionários de qualidade_ e afirmou que os vereadores de sua base de apoio que não votaram ontem o projeto estão mostrando atitude "pouco corajosa" na defesa do governo. "Eles sabem muito bem porque estou fazendo isso (dando o aumento) mas têm medo de sua base (os eleitores)", afirmou a prefeita nesta manhã, quando participou de abertura do Seminário de Secretários das áreas social e do trabalho de municípios da Região Metropolitana.
Segundo Marta, "a base não é boba" e vai em algum momento avaliar estes vereadores. "No final do mandato, quem é vereador não é avaliado só pelo o que ele fez, mas também pelo governo que ele pertence. Se ele não der condições deste governo poder funcionar direito, ele vai para o brejo junto", afirmou.
À tarde, a prefeita voltou a defender o aumento em almoço com cerca de 200 empresários da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Aos empresários, ela disse que não é possível estender o aumento ao restante do funcionalismo. "Dar aumento para 1.085 (referência ao número de funcionários do alto escalão que terão reajuste) é uma coisa, para cem mil (o total de servidores da prefeitura), é outra. Não tem dinheiro, não posso de imediato pagar mais."
O presidente da câmara, Ingo Plöger, deu apoio à prefeita na questão do aumento. "Se isso ocorrer de maneira bastante transparente é solução para buscar quadros de maior competência."
Ontem, a maior parte da base governista se recusou a votar o projeto por temer a má repercussão na opinião pública, já que os mais de cem mil servidores públicos também cobram reajustes.
Pelo menos dois vereadores da base, Beto Custódio (PT) e Cláudio Fonseca (PCdoB) já tinham manifestado oposição ao projeto na semana passada.
Vereadores governistas também mostram resistência porque querem mais espaço na prefeitura para atender os pedidos de eleitores. Eles negam que estejam reivindicando cargos.
Leia mais:
Governistas recuam e decidem votar a favor de aumento de Marta .
Marta ameaça vereadores governistas contrários a aumento
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da Folha Online
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), ameaçou e advertiu hoje pela manhã os vereadores da base governista que são contra a aprovação de um projeto enviado por ela à Câmara que propõe aumentos de até 41,65% para o alto escalão da prefeitura.
Marta disse que os parlamentares podem "ir para o brejo" (uma referência aos prejuízos políticos possíveis) junto com o governo se mantiverem a posição.
A prefeita voltou a justificar o projeto de aumento_segundo ela, o reajuste é necessário para que a administração consiga manter funcionários de qualidade_ e afirmou que os vereadores de sua base de apoio que não votaram ontem o projeto estão mostrando atitude "pouco corajosa" na defesa do governo. "Eles sabem muito bem porque estou fazendo isso (dando o aumento) mas têm medo de sua base (os eleitores)", afirmou a prefeita nesta manhã, quando participou de abertura do Seminário de Secretários das áreas social e do trabalho de municípios da Região Metropolitana.
Segundo Marta, "a base não é boba" e vai em algum momento avaliar estes vereadores. "No final do mandato, quem é vereador não é avaliado só pelo o que ele fez, mas também pelo governo que ele pertence. Se ele não der condições deste governo poder funcionar direito, ele vai para o brejo junto", afirmou.
À tarde, a prefeita voltou a defender o aumento em almoço com cerca de 200 empresários da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Aos empresários, ela disse que não é possível estender o aumento ao restante do funcionalismo. "Dar aumento para 1.085 (referência ao número de funcionários do alto escalão que terão reajuste) é uma coisa, para cem mil (o total de servidores da prefeitura), é outra. Não tem dinheiro, não posso de imediato pagar mais."
O presidente da câmara, Ingo Plöger, deu apoio à prefeita na questão do aumento. "Se isso ocorrer de maneira bastante transparente é solução para buscar quadros de maior competência."
Ontem, a maior parte da base governista se recusou a votar o projeto por temer a má repercussão na opinião pública, já que os mais de cem mil servidores públicos também cobram reajustes.
Pelo menos dois vereadores da base, Beto Custódio (PT) e Cláudio Fonseca (PCdoB) já tinham manifestado oposição ao projeto na semana passada.
Vereadores governistas também mostram resistência porque querem mais espaço na prefeitura para atender os pedidos de eleitores. Eles negam que estejam reivindicando cargos.
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