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15/06/2000
-
21h07
GABRIELA ATHIAS da Folha de S.Paulo
Em Israel, país exportador de tecnologia de ação em sequestros, os membros das duas unidades (da polícia e do exército) especializadas na libertação de reféns treinam diariamente.
"Eles não têm outras atribuições, são especialistas", disse à Folha, por telefone, o porta-voz da polícia, Shmuel Ben Ruby.
Ruby disse que o trabalho dessas duas unidades é sigiloso e recusou-se a comentar a atuação da polícia brasileira, no sequestro do Rio, exibida pela TV israelense. José Penteado, que comandou a ação da polícia durante o sequestro, treinou em Israel.
No entanto, Ruby explicou que os comandantes atuam de acordo com o local da operação. Os alvos preferenciais envolvendo civis são ônibus e avião.
Também é importante avaliar o perfil do sequestrador (se tem motivação política ou não) e dos reféns (se são civis ou militares). O jornalista israelense Yossi Levi, especialista em cobertura policial e militar, disse que o sucesso de uma operação depende de quem morre durante o resgate.
"O principal é que nem os reféns nem os soldados morram", disse. "Há consenso em relação aos terroristas: é aceitável que eles sejam mortos durante o resgate, no entanto, se isso ocorre após a operação, os soldados (por mais graduados que sejam) são expulsos da polícia ou do exército e vão a julgamento."
Levi disse que as operações da polícia, quem mais age em casos envolvendo refém civil, têm comando único. Os soldados não tomam iniciativa e são "fortes e muito ligeiros".
Entre 1985, três terroristas sequestraram um ônibus com 20 operárias, em Dimona, no Sul. Quando começaram as negociações, os policiais deitaram-se no chão a cerca de 200 metros do ônibus. Durante a negociação, dois deles subiram pelas janelas e mataram os sequestradores. Uma mulher foi morta, mas a autoria dos disparos não foi esclarecida.
Só para avaliar o nível dos soldados que participam dessas operações, em 1969, o ex-primeiro-ministro Bibi Natanihau e o atual, Ehud Barak, então soldados do exército, libertaram um avião sequestrado perto de Tel Aviv.
Depois do caso do ônibus 174, qual seria a melhor solução para evitar cenas como aquelas? Vote
Clique aqui para ler toda a cobertura do caso na página especial Pânico no Rio
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Israelenses treinam libertação de reféns diariamente
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Em Israel, país exportador de tecnologia de ação em sequestros, os membros das duas unidades (da polícia e do exército) especializadas na libertação de reféns treinam diariamente.
"Eles não têm outras atribuições, são especialistas", disse à Folha, por telefone, o porta-voz da polícia, Shmuel Ben Ruby.
Ruby disse que o trabalho dessas duas unidades é sigiloso e recusou-se a comentar a atuação da polícia brasileira, no sequestro do Rio, exibida pela TV israelense. José Penteado, que comandou a ação da polícia durante o sequestro, treinou em Israel.
No entanto, Ruby explicou que os comandantes atuam de acordo com o local da operação. Os alvos preferenciais envolvendo civis são ônibus e avião.
Também é importante avaliar o perfil do sequestrador (se tem motivação política ou não) e dos reféns (se são civis ou militares). O jornalista israelense Yossi Levi, especialista em cobertura policial e militar, disse que o sucesso de uma operação depende de quem morre durante o resgate.
"O principal é que nem os reféns nem os soldados morram", disse. "Há consenso em relação aos terroristas: é aceitável que eles sejam mortos durante o resgate, no entanto, se isso ocorre após a operação, os soldados (por mais graduados que sejam) são expulsos da polícia ou do exército e vão a julgamento."
Levi disse que as operações da polícia, quem
Entre 1985, três terroristas sequestraram um ônibus com 20 operárias, em Dimona, no Sul. Quando começaram as negociações, os policiais deitaram-se no chão a cerca de 200 metros do ônibus. Durante a negociação, dois deles subiram pelas janelas e mataram os sequestradores. Uma mulher foi morta, mas a autoria dos disparos não foi esclarecida.
Só para avaliar o nível dos soldados que participam dessas operações, em 1969, o ex-primeiro-ministro Bibi Natanihau e o atual, Ehud Barak, então soldados do exército, libertaram um avião sequestrado perto de Tel Aviv.
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