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16/06/2000 - 04h51

Economia de água está 45% abaixo da meta

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MARIANA VIVEIROS, da Folha de S.Paulo

O racionamento de água, implantado no dia 1º deste mês pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), não está funcionando como o esperado. A economia vem sendo de 2,2 mil litros por segundo _45% menos que os 4 mil litros planejados pela companhia.

Caso a meta inicial não seja atingida, há a possibilidade de o racionamento ser intensificado. Neste caso, cerca de 3 milhões de moradores das zonas sul e sudoeste da capital, abastecidos pelo sistema Guarapiranga, poderão ficar mais de um dia seguido sem água.

O vice-presidente metropolitano de produção da Sabesp, Antonio Marsiglia Netto, considerou normal a meta não ser atingida nos primeiros 15 dias.

A companhia atribui o baixo índice de economia ao fato de as pessoas estarem fazendo um "consumo antecipado", guardando mais água que o necessário nos dias de abastecimento normal.

Segundo Marsiglia Netto, a situação deve melhorar depois que a população passar a "confiar mais nos horários de fechamento e abertura dos reservatórios e parar de armazenar água."

Marsiglia Netto disse que não há previsão de mudança no esquema do racionamento ainda este mês. "A idéia é não mudar, porque um dia sem água por dois com fornecimento normal é suportável e não afeta tanto", disse.

Tudo vai depender, porém, da diminuição no consumo e de eventuais chuvas. "Se não der para ir até os 4 mil litros por segundo de economia, teremos que pensar na intensificação."

Isso só deverá acontecer, segundo a Sabesp, no início do mês que vem, quando será feita uma nova avaliação do racionamento. Até lá, a companhia conta com sua campanha publicitária para motivar a economia.

O resultado abaixo do esperado com o rodízio não é o único problema no sistema Guarapiranga. Como a Sabesp não previa a falta de chuva e passou por uma crise financeira no início do ano passado, obras importantes foram adiadas, incluindo a transferência de água de um braço da represa Billings.

A obra deveria ter sido concluída em dezembro de 99, mas a previsão é que esteja pronta em setembro deste ano. O secretário de Recursos Hídricos, Antonio Carlos Mendes Thame, disse que ela pode atrasar ainda mais, porque "a regra em obras do Estado é não conseguir terminar no prazo."

Faltam as bombas _fabricadas no exterior_ e a estrutura para a casa de máquinas e a licença ambiental para transferir 4 mil litros por segundo. Até agora, a Sabesp tem autorização para retirar 2 mil litros, mas conta com mais 2 mil para reduzir o risco do sistema.

A represa Guarapiranga começa também, a partir da próxima semana, a ceder água de forma emergencial para o sistema Alto Cotia, em racionamento desde o dia 11 de abril.

Guarapiranga estava ontem com 36,6% do seu nível normal. O limite para o colapso do reservatório é de 15%.

Multas

A fiscalização do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) aplicou 82 multas por desperdício de água desde a última semana de maio. O valor de cada autuação é de R¹ 101, e são multadas pessoas pegas em flagrante lavando calçadas e carros na rua.

Nos últimos três dias, o departamento registrou 20 autuações: 14 por lavagem de calçada e seis por lavagem de veículos.

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