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04/04/2001 - 11h25

Anos 90 não melhoraram a vida de negros e pardos no país

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da Folha Online

As supostas melhorias anunciadas pelo IBGE nas áreas de educação e remuneração _de acordo com pesquisa sobre o anos 90 divulgada hoje_ não alteraram em nada o quadro de desigualdades raciais no país, na década de 90.

Embora a taxa de analfabetismo tenha caído para todos os grupos, ainda é bem mais elevada (mais que o dobro) para negros e pardos (20%), do que para brancos (8,3%).

Segundo dados da pesquisa, o aumento do número de anos de estudo foi generalizado, com a população como um todo registrando um ano a mais de estudo de 1992 a 1999.

Apesar disso, na comparação por cor ou raça, há uma diferença de dois anos de estudo, em média, separando negros (4,5 anos) e pardos (4,6) de brancos (6,7).

Uma vez que esses patamares têm-se mantido historicamente inferiores para negros e pardos, o crescimento de um ano de estudo no total, revela-se mais significativo para esses grupos. No Nordeste, por exemplo, esse ganho correspondeu a um aumento de quase 50% nos anos médios de estudo de negros e de mais de 25% no de pardos.

Entre 1992 e 1999, o aumento de um ano de estudo correspondeu a uma elevação de 1,2 salários no rendimento de brancos e de meio salário no rendimento de negros e pardos.

Na década, houve queda no número de famílias vivendo com até meio salário mínimo per capita, No entanto, em 1999, ainda se encontram nessa situação 26,2% das famílias negras e 30,4% das pardas, para 12,7% das brancas.

A posição na ocupação se mantém inalterada na década, com mais negros e pardos (14,6% e 8,4%) no emprego doméstico que brancos (6,1%) e, ao contrário, mais brancos (5,7%) entre os empregadores, que negros e pardos (1,1% e 2,1%).
 

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