Publicidade
Publicidade
18/04/2001
-
09h16
da Folha de S.Paulo
O crime - Grávida de 7 meses, a advogada Patrícia Aggio Longo, 27, foi morta com dois tiros na cabeça na madrugada do dia 4 de junho de 1998, na estrada do condomínio Shangrilá, em Atibaia (60 km de SP).
A arma - Uma pistola calibre 380, segundo exame nos ferimentos da vítima feito por peritos. Os disparos ocorreram a uma distância estimada entre 5 e 20 centímetros da cabeça da vítima.
O que o promotor diz - Que ele e Patrícia estavam em uma picape Dodge e, ao passar por um caminho de terra batido, na entrada do condomínio, foram surpreendidos por um ladrão, que a levou como refém e atirou nela. Igor diz ter sido abandonado na estrada.
A acusação - A Procuradoria Geral de Justiça denunciou o promotor por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto. A pena mínima pode chegar a 15 anos.
Situação dele se for condenado - Poderá recorrer da decisão ao STJ e aguardar o resultado em prisão especial, cujo local será definido. A transferência para um presídio comum só pode ser feito após o término dos recursos.
As contradições
Atalho ruim - O Ministério Público diz que Igor preferiu pegar uma estrada mais longa, pouco usada para quem vai a Atibaia, em pior estado de conservação e onde há pouco movimento, a usar um caminho melhor, mais curto e mais movimentado.
Testemunha - O vigia do condomínio afirma à polícia que viu a picape do promotor entrar na estrada de terra e, 15 minutos depois, um homem vestindo roupas sociais saindo na direção contrária. Durante o depoimento, ele não afirmou que o homem era o promotor.
Paletó - Durante o velório, o promotor entrega à polícia um paletó para o exame residuográfico (serve para encontrar resíduos de disparo de arma). Testemunhas dizem que o paletó foi trocado, mas Igor não admite isso em depoimento.
Munição - A polícia encontra, na casa de Igor, 43 cápsulas de pistola calibre 380 iguais as duas localizadas dentro da picape onde Patrícia morreu. O Instituto de Criminalística diz que as cápsulas foram usadas pela mesma arma. Segundo a defesa, os peritos não afirmam no laudo que os projéteis dessas cápsulas foram os que mataram a advogada.
Paternidade - A defesa pede a realização de teste de DNA para evitar boatos de que ele teria assassinado a mulher após descobrir que o filho não era dele. O resultado exclui a possibilidade de o promotor ser o pai, mas esse detalhe não muda a acusação principal, segundo o Ministério Público.
Entenda o caso do Crime de Atibaia
Publicidade
O crime - Grávida de 7 meses, a advogada Patrícia Aggio Longo, 27, foi morta com dois tiros na cabeça na madrugada do dia 4 de junho de 1998, na estrada do condomínio Shangrilá, em Atibaia (60 km de SP).
A arma - Uma pistola calibre 380, segundo exame nos ferimentos da vítima feito por peritos. Os disparos ocorreram a uma distância estimada entre 5 e 20 centímetros da cabeça da vítima.
O que o promotor diz - Que ele e Patrícia estavam em uma picape Dodge e, ao passar por um caminho de terra batido, na entrada do condomínio, foram surpreendidos por um ladrão, que a levou como refém e atirou nela. Igor diz ter sido abandonado na estrada.
A acusação - A Procuradoria Geral de Justiça denunciou o promotor por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto. A pena mínima pode chegar a 15 anos.
Situação dele se for condenado - Poderá recorrer da decisão ao STJ e aguardar o resultado em prisão especial, cujo local será definido. A transferência para um presídio comum só pode ser feito após o término dos recursos.
As contradições
Atalho ruim - O Ministério Público diz que Igor preferiu pegar uma estrada mais longa, pouco usada para quem vai a Atibaia, em pior estado de conservação e onde há pouco movimento, a usar um caminho melhor, mais curto e mais movimentado.
Testemunha - O vigia do condomínio afirma à polícia que viu a picape do promotor entrar na estrada de terra e, 15 minutos depois, um homem vestindo roupas sociais saindo na direção contrária. Durante o depoimento, ele não afirmou que o homem era o promotor.
Paletó - Durante o velório, o promotor entrega à polícia um paletó para o exame residuográfico (serve para encontrar resíduos de disparo de arma). Testemunhas dizem que o paletó foi trocado, mas Igor não admite isso em depoimento.
Munição - A polícia encontra, na casa de Igor, 43 cápsulas de pistola calibre 380 iguais as duas localizadas dentro da picape onde Patrícia morreu. O Instituto de Criminalística diz que as cápsulas foram usadas pela mesma arma. Segundo a defesa, os peritos não afirmam no laudo que os projéteis dessas cápsulas foram os que mataram a advogada.
Paternidade - A defesa pede a realização de teste de DNA para evitar boatos de que ele teria assassinado a mulher após descobrir que o filho não era dele. O resultado exclui a possibilidade de o promotor ser o pai, mas esse detalhe não muda a acusação principal, segundo o Ministério Público.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice