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20/04/2001
-
18h24
da Sucursal de Brasília
Tônicos e fortificantes para estimular o apetite e o crescimento, além de complementos de ferro e fósforo, não poderão ter em sua fórmula o etanol (álcool etílico).
A proibição foi publicada ontem no "Diário Oficial" da União por meio de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A assessoria da entidade informou que cerca de 20 produtos desse tipo possuem etanol em sua composição. A lista com os nomes desses produtos só sai na segunda-feira.
Entre eles, segundo a assessoria, estará o Biotonico Fontoura, um dos mais vendidos no país.
Segundo a resolução, a proibição do álcool etílico nos produtos foi determinada devido "à necessidade de eliminar a exposição de crianças ao etanol".
O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), Antônio Barbosa da Silva, disse que o uso de tônicos com etanol associado a medicamentos para vermes, por exemplo, pode provocar em crianças taquicardia (aumento do número de batimentos cardíacos por minuto), dor de cabeça e náuseas.
"Existem estudos que mostram que crianças que consomem tônicos com teor de etanol acima de 4,5% por um período prolongado têm tendência maior a ser dependente do álcool quando adulto", afirmou Silva.
A empresa que quiser manter o nome comercial do produto terá 60 dias para pedir a mudança da fórmula, que deverá excluir o etanol. Quem não fizer a solicitação poderá ter o registro cancelado.
A Anvisa também pode multar as empresas que descumprirem a determinação. O valor pode variar de R$ 2.000 a R$ 50 mil, dependendo do tipo de infração.
A Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica) informou ontem, por meio de sua assessoria, que a análise do risco-benefício do etanol em fortificantes, tônicos e complementos é uma questão médica. Por isso, as empresas devem discuti-la diretamente com a Anvisa.
Para Antonio Carlos Zanini, professor da Faculdade de Medicina da USP e autor do "Guia de Medicamentos", o problema estaria na alta porcentagem de álcool etílico nos produtos. Zanini afirmou que poderia haver uma diminuição desse número.
Enquanto o Biotonico Fontoura, por exemplo, tem percentual de 9,5% de etanol, especialistas admitem até 5% como normal.
Governo manda mudar fórmula do Biotônico Fontoura
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Tônicos e fortificantes para estimular o apetite e o crescimento, além de complementos de ferro e fósforo, não poderão ter em sua fórmula o etanol (álcool etílico).
A proibição foi publicada ontem no "Diário Oficial" da União por meio de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A assessoria da entidade informou que cerca de 20 produtos desse tipo possuem etanol em sua composição. A lista com os nomes desses produtos só sai na segunda-feira.
Entre eles, segundo a assessoria, estará o Biotonico Fontoura, um dos mais vendidos no país.
Segundo a resolução, a proibição do álcool etílico nos produtos foi determinada devido "à necessidade de eliminar a exposição de crianças ao etanol".
O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), Antônio Barbosa da Silva, disse que o uso de tônicos com etanol associado a medicamentos para vermes, por exemplo, pode provocar em crianças taquicardia (aumento do número de batimentos cardíacos por minuto), dor de cabeça e náuseas.
"Existem estudos que mostram que crianças que consomem tônicos com teor de etanol acima de 4,5% por um período prolongado têm tendência maior a ser dependente do álcool quando adulto", afirmou Silva.
A empresa que quiser manter o nome comercial do produto terá 60 dias para pedir a mudança da fórmula, que deverá excluir o etanol. Quem não fizer a solicitação poderá ter o registro cancelado.
A Anvisa também pode multar as empresas que descumprirem a determinação. O valor pode variar de R$ 2.000 a R$ 50 mil, dependendo do tipo de infração.
A Abifarma (Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica) informou ontem, por meio de sua assessoria, que a análise do risco-benefício do etanol em fortificantes, tônicos e complementos é uma questão médica. Por isso, as empresas devem discuti-la diretamente com a Anvisa.
Para Antonio Carlos Zanini, professor da Faculdade de Medicina da USP e autor do "Guia de Medicamentos", o problema estaria na alta porcentagem de álcool etílico nos produtos. Zanini afirmou que poderia haver uma diminuição desse número.
Enquanto o Biotonico Fontoura, por exemplo, tem percentual de 9,5% de etanol, especialistas admitem até 5% como normal.
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