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21/04/2001
-
21h01
PEDRO DANTAS
da Folha de S.Paulo, no Rio
Durante os anos em que atuou no tráfico de drogas, Fernandinho Beira-Mar montou um esquema de lavagem de dinheiro. Em uma das sentenças dos cúmplices de Beira-Mar, a juíza da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), Therezinha Avellar analisou o modo de atuação da quadrilha.
"Vários réus nesta ação penal se utilizaram do mesmo mecanismo, sempre sob o comando de Luiz Fernando da Costa, para agirem como verdadeiros "testas-de-ferro", locupletando-se do dinheiro espúrio obtido com o comércio de entorpecentes", afirma a juíza.
Ainda na sentença ela cita padarias, fábricas e distribuidoras de gelo, confecções, lojas de materiais de construção e empresas de transporte de cargas aéreas que lavavam dinheiro do tráfico na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, e em municípios vizinhos.
"No início, ele (Beira-Mar) escolhia empresas que trabalhassem com dinheiro miúdo ou trocado para justificar as quantias de entrada da boca-de-fumo. Com a expansão dos negócios ilícitos, sentiu necessidade de se associar a doleiros", afirma a coordenadora da 3ª Central de Inquéritos de Duque de Caxias, Márcia Velasco.
A história da empresa HWS Rocha Turismo ilustra bem o modo de operação de Beira-Mar após sua associação com doleiros de Corumbá, Mato Grosso.
Acostumados a investigar contas de empresas, os promotores se espantaram com a ousadia de Beira-Mar no caso da HWS Turismo.
"Fomos esperando encontrar uma empresa e topamos com uma quitanda, cujo dono, Hercílio Walter Silva Rocha, era surdo, mudo e semi analfabeto. Em vez de passagens, encontramos armas", diz a promotora.
Esquema de Beira-Mar envolvia de padarias a confecções
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Durante os anos em que atuou no tráfico de drogas, Fernandinho Beira-Mar montou um esquema de lavagem de dinheiro. Em uma das sentenças dos cúmplices de Beira-Mar, a juíza da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), Therezinha Avellar analisou o modo de atuação da quadrilha.
"Vários réus nesta ação penal se utilizaram do mesmo mecanismo, sempre sob o comando de Luiz Fernando da Costa, para agirem como verdadeiros "testas-de-ferro", locupletando-se do dinheiro espúrio obtido com o comércio de entorpecentes", afirma a juíza.
Ainda na sentença ela cita padarias, fábricas e distribuidoras de gelo, confecções, lojas de materiais de construção e empresas de transporte de cargas aéreas que lavavam dinheiro do tráfico na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, e em municípios vizinhos.
"No início, ele (Beira-Mar) escolhia empresas que trabalhassem com dinheiro miúdo ou trocado para justificar as quantias de entrada da boca-de-fumo. Com a expansão dos negócios ilícitos, sentiu necessidade de se associar a doleiros", afirma a coordenadora da 3ª Central de Inquéritos de Duque de Caxias, Márcia Velasco.
A história da empresa HWS Rocha Turismo ilustra bem o modo de operação de Beira-Mar após sua associação com doleiros de Corumbá, Mato Grosso.
Acostumados a investigar contas de empresas, os promotores se espantaram com a ousadia de Beira-Mar no caso da HWS Turismo.
"Fomos esperando encontrar uma empresa e topamos com uma quitanda, cujo dono, Hercílio Walter Silva Rocha, era surdo, mudo e semi analfabeto. Em vez de passagens, encontramos armas", diz a promotora.
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