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22/04/2001 - 15h44

Captura de Fernandinho é duro golpe à aliança narcotráfico-Farc

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da France Presse, em Bogotá

A captura na Colômbia do traficante brasileiro Fernandinho Beira-Mar constitui um dos mais duros golpes ao tráfico de drogas dos últimos anos e o ponto máximo de uma operação que, segundo as autoridades, pôs a descoberto uma rede que trocava cocaína por armas para a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Fernandinho, o narcotraficante mais procurado da América Latina, foi detido ontem pelo Exército colombiano numa zona de selvas entre os departamentos de Vichada e Guainía (650 km a sudeste de Bogotá, na fronteira com o Brasil), junto com um de seus guarda-costas, também de nacionalidade brasileira.

A ação foi executada por 200 homens da Força de Deslocamento Rápido, um comando especializado em manobras antidrogas e na contra-guerrilha, que realiza há três meses a operação "Gato Negro", uma gigantesca ofensiva da qual participam cerca de 3.000 soldados nas selvas do sudeste do país.

A operação para deter o traficante, que estava sob a proteção das Farc, intensificou-se após a captura de um guerrilheiro, que revelou que o brasileiro havia fugido ferido depois que aeronaves da Força Aérea Colombiana obrigaram a pousar a avioneta em que ele estava.

"Fernandinho", de 34 anos, estava sendo levado à cidade de Villavicencio, para receber assistência médica e depois tentar sair país, confessou o piloto da aeronave, capturado.

Ele explicou que o narcotraficante está com um braço engessado e sem dois dedos na mão. O comandante do Exército, general Jorge Mora, contou que depois da aterrissagem "Fernandinho" ficou em plena selva sem alimentos nem armas.

"Fernandinho" fugiu do Brasil para a Colômbia há seis meses e desde então estava sob a proteção da frente 16 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, comandada por Tomás Molina (ou "El Negro").

Segundo o exército colombiano, Molina e "Fernandinho" se aliaram para trocar cocaína por armas para as Farc, a maior guerrilha da Colômbia com 16. 500 combatentes, comprometida há dois anos em negociação de paz com o governo do presidente Andrés Pastrana.
 

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