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09/05/2001 - 23h17

Total de domicílios vagos em SP daria para abrigar moradores de rua

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da Folha de S.Paulo

A cidade de São Paulo tem um domicílio particular vago para cada 10 existentes em seu território. Em números absolutos, são 3,551 milhões de domicílios particulares no município, dos quais exatos 420.327 estão vagos, de acordo com dados do Censo 2000 divulgados pelo IBGE.

O montante equivale a 11,84% dos total e seria suficiente para dar a cada morador de rua da cidade _eles são aproximadamente 9.000 hoje_ 47 imóveis para morar.

Além deles, há os chamados sem-teto _aqueles que vivem sem condições mínimas de urbanização e que a Prefeitura de São Paulo estima em 700 mil.

"É o resultado do divórcio entre a valorização imobiliária e o poder aquisitivo", afirma Luiz Carlos Costa, da FAU.

Fazer esses universos se cruzarem é, na opinião de urbanistas que estudam a dinâmica paulistana, um dos grandes desafios da administração municipal.

A solução, avaliam, passaria por incentivos diversos vindos do poder público _inclusive fiscais_ para a ocupação desses imóveis por famílias de renda mais baixa.

"Está claro que o mercado não foi capaz de resolver a contradição entre oferta e demanda", diz a urbanista Raquel Rolnik. "Daí a necessidade de mediação."

O distrito com mais domicílios vagos é Sapopemba, com 9.073. Percentualmente, porém, o ranking é liderado pela Sé, como 26,84% dos domicílios vagos.

O esvaziado centro tem 6% do total de domicílios, mas conta com 9% do total de vagos.

A comparação dos dados do Censo 2000 com os números obtidos pelo Censo 1991 mostra ainda que, enquanto a população cresceu 7,87%, o número de domicílios particulares saltou 39,82%.

Os pesquisadores explicam o fenômeno citando a modificação pela qual vem passando a estrutura familiar. Por esse raciocínio, as famílias nucleares e extensas se desmembram em indivíduos que optam por viver sozinhos e, então, multiplicam-se as habitações mais rapidamente dos que a população.
 

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