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29/05/2007 - 11h56

Após ação de sem teto, prefeitura recorre à Justiça e pede reforço à PM

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da Folha Online

A Prefeitura de Taboão da Serra (Grande São Paulo) pediu nesta terça-feira reforço à Polícia Militar e irá recorrer à Justiça contra líderes de um grupo de sem teto que na segunda-feira (28) invadiu o prédio da prefeitura e entrou em confronto com a GCM (Guarda Civil Municipal). No confronto, oito pessoas ficaram feridas e outras oito foram detidas.

O tumulto teve início após um grupo de cerca de 300 manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) --800 segundo os sem teto-- tentar invadir o prédio da administração municipal, após uma reunião frustrada dos líderes do movimento com integrantes da administração do prefeito Evilásio Farias (PSB). Eles discutiam a possibilidade de os sem teto ocupar parte de um terreno de 210 mil metros quadrados localizado no bairro do Parque Laguna. O confronto teve início após a reunião.

Segundo a assessoria de imprensa de Farias, no tumulto, ficaram danificados computadores, vidraças do prédio, portões eletrônicos, extintores de incêndio e fechaduras de sete portas. O custo estimado pela administração com o quebra-quebra é de R$ 15 mil. Além do valor, a prefeitura irá exigir que os responsáveis pelo tumulto sejam responsabilizados criminalmente pelo ato. O pedido de reforço à PM acontece devido a informações --não confirmadas pelos sem teto-- de que poderia haver uma nova invasão hoje.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Taboão da Serra. Tanto a prefeitura quanto os líderes do MTST apresentam versões conflitantes a respeito do confronto.

Segundo a assessoria de imprensa de Farias, a culpa é dos manifestantes. Na versão da administração municipal, os sem teto chegaram em frente ao prédio da Prefeitura de Taboão da Serra, localizado no Parque Assunção, por volta das 11h de ontem, exigindo uma reunião com o prefeito. Onze integrantes do grupo foram recebidos pelo secretário de Governo, Said Jorge Moraes, no prédio da Secretaria de Habitação, em frente ao prédio da prefeitura.

A versão do assessor do prefeito, Eduardo Toledo, é a de que o grupo do MTST teria saído descontente da reunião --que terminou por volta das 13h de ontem-- e começou a quebrar móveis e depredar o prédio da pasta de habitação. O grupo então teria saído do prédio e incitado que os demais --que estavam do lado de fora-- invadissem a prefeitura.

Cerca de 20 homens da GCM teriam forçado os portões para impedir a entrada do grupo. Os manifestantes, segundo Toledo, usaram lâmpadas fluorescentes e jogaram pedras contra os guardas. Uma delas teria atingido um tenente da GCM que levou oito pontos no olho direito. Os manifestantes feridos foram encaminhados ao pronto socorro Akira Tada, em Taboão da Serra.

De acordo com o coordenador estadual do MTST, Guilherme Castro, o ato do grupo era pacífico e eles foram provocados pelo prefeito Farias, que teria acenado e feito gestos provocando os sem teto. Ainda na versão de Castro, os GCMs abusaram do uso da força para conter os manifestantes.

Conflito

A reivindicação do grupo é pelo desmembramento de um terreno de 210 mil metros quadrados localizado no bairro do Parque Laguna. Eles querem que a CEF (Caixa Econômica Federal) compre o terreno e construa moradias populares para famílias da Comunidade Chico Mendes, ligadas ao movimento.

A Prefeitura de Taboão da Serra alega que está impedida legalmente de desapropriar o terreno pois o proprietário deve cerca de R$ 15 milhões em impostos. Sem o pagamento desse valor, não há como readequar a área. A intenção da administração municipal de Taboão da Serra, segundo a assessoria de Farias, é a de entrar em um acordo com o proprietário. A prefeitura abriria mão da dívida se o proprietário vendesse o terreno já debitado o valor que ele deve em impostos.

 

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