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30/05/2001 - 12h35

Prazo para Marta retornar ao comando da prefeitura está indefinido

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GUTO GONÇALVES
da Folha Online

O dia do retorno de Marta Suplicy (PT) à prefeitura não está previsto pela equipe médica que vai operar a petista no próximo domingo pela manhã.

A prefeita será submetida a cirurgia para a retirada de um nódulo na tireóide. A cirurgia será realizada pela equipe do médico Cláudio Roberto Cernea, no Hospital Israelita Albert Einstein. O nódulo foi detectado durante a realização de uma biópsia por punção, que revelou tratar-se de uma lesão folicular.

A Folha Online apurou que Marta, ao transmitir o cargo para o seu vice, Hélio Bicudo, prefeito interino desde a última sexta-feira, quis dar provas da unidade e da estabilidade de sua administração.

O gesto da prefeita (de que não há divergências com Bicudo) foi dirigido a aliados da Câmara Municipal e do secretariado.

Com a transferência do cargo ao vice, Marta evitaria riscos de alguma crise partidária, caso seja aconselhada a permanecer em repouso, no pós-operatório, por mais de 15 dias.

A decisão de deixar Bicudo respondendo pela administração municipal foi acertada entre Marta, o vice, o secretário de Governo Municipal, Rui Falcão, e o líder da prefeita na Câmara, vereador José Mentor (PT).

A prefeita não era obrigada a transferir o cargo ao vice. A legislação determina que a medida deve ser adotada apenas se o titular se ausentar por mais de 15 dias.

Como a reportagem informou ontem, a prefeita já sabia da cirurgia antes de viajar a Genebra (Suiça).

A cirurgia

A operação que a prefeita vai se submeter no domingo é considerada simples e de baixíssimo risco.

A cirurgia dura de duas a três horas e o paciente recebe alta geralmente um dia após a operação.

"Mesmo que o nódulo seja maligno, a cura é de praticamente 100%. É um dos tumores com crescimento mais lento e de metástase rara", disse Cláudia Leite, endocrinologista do Hospital das Clínicas e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Ex-prefeito, ex-vice
Os problemas entre prefeito e vice não são novidade em São Paulo.
A gestão do ex-prefeito Celso Pitta (PTN), por exemplo, foi marcada por divergências profundas com o seu vice, Régis de Oliveira (sem partido). O ex-prefeito nunca se ausentou do país por mais de 15 dias e nunca transferiu o cargo para o vice.

Oliveira, após um ano de administração Pitta, defendeu abertamente o impeachment do ex-prefeito.

Leia especial sobre Marta e a prefeitura

 

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