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31/05/2001
-
03h49
da Folha de S.Paulo
A dona-de-casa Maria Salomé de Souza Leite, 29, aquartelada em Palmas com o marido há oito dias, preferiu mentir à filha de 6 anos em vez de explicar a ela o motivo de haver tantos tanques do Exército ao redor do quartel.
"Eles estão passeando aqui, conhecendo a cidade", disse Salomé à única filha, que passa as horas a brincar dentro do batalhão da PM, em meio a homens armados, barricadas e à movimentação constante das tropas federais.
"Não dá para falar a verdade. Vai que ela fica traumatizada", diz. E justifica porque continua lá: "Porque precisamos disso [aumento", para comprar comida, pagar aluguel, viver melhor", responde em coro com outras mulheres de policiais que permanecem na entrada do batalhão.
Hoje, um soldado m início de carreira ganha cerca de R$ 600.
As mulheres do quartel, estimadas em 150 pelos grevistas, controlam as chaves do portão principal do batalhão ocupado e ainda se dividem entre as atividades de apoio. Dizem dormir no máximo três horas por noite.
Em meio à tensão, as mulheres comemoram ontem o que definiram como "a primeira vitória" contra o Exército. Uma delas conseguiu furar o bloqueio das tropas federais para rever o marido.
Eudete Alves Saraiva Marinho, 30, e a filha de 4 anos, viajaram uma hora de ônibus de Porto Nacional a Palmas, sem saber se conseguiriam entrar.
Ela se apresentou ao bloqueio como moradora do bairro ao redor do quartel e foi escoltada por um soldado até sua suposta casa. Depois, conseguiu abraçar o marido.
(AS)
Mãe mente para poupar a filha em Tocantins
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A dona-de-casa Maria Salomé de Souza Leite, 29, aquartelada em Palmas com o marido há oito dias, preferiu mentir à filha de 6 anos em vez de explicar a ela o motivo de haver tantos tanques do Exército ao redor do quartel.
"Eles estão passeando aqui, conhecendo a cidade", disse Salomé à única filha, que passa as horas a brincar dentro do batalhão da PM, em meio a homens armados, barricadas e à movimentação constante das tropas federais.
"Não dá para falar a verdade. Vai que ela fica traumatizada", diz. E justifica porque continua lá: "Porque precisamos disso [aumento", para comprar comida, pagar aluguel, viver melhor", responde em coro com outras mulheres de policiais que permanecem na entrada do batalhão.
Hoje, um soldado m início de carreira ganha cerca de R$ 600.
As mulheres do quartel, estimadas em 150 pelos grevistas, controlam as chaves do portão principal do batalhão ocupado e ainda se dividem entre as atividades de apoio. Dizem dormir no máximo três horas por noite.
Em meio à tensão, as mulheres comemoram ontem o que definiram como "a primeira vitória" contra o Exército. Uma delas conseguiu furar o bloqueio das tropas federais para rever o marido.
Eudete Alves Saraiva Marinho, 30, e a filha de 4 anos, viajaram uma hora de ônibus de Porto Nacional a Palmas, sem saber se conseguiriam entrar.
Ela se apresentou ao bloqueio como moradora do bairro ao redor do quartel e foi escoltada por um soldado até sua suposta casa. Depois, conseguiu abraçar o marido.
(AS)
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