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22/06/2000
-
19h22
da Sucursal do Rio
Um mural com 3 metros de largura e 1,5 metro de altura retratando 16 meninos com a expressão marcada pela violência e pelo medo será exibido terça-feira (27) no Congresso Nacional, em Brasília.
A exibição do painel "São Apenas Meninos", do artista plástico Antônio Veronese, é um dos eventos que vai lembrar, no Congresso, o 10º aniversário da Convenção dos Direitos das Crianças, criada pelo Unicef.
"O Brasil é signatário da convenção, mas não cumpre muitas de suas determinações, como a separação dos meninos infratores por tipo físico e idade. Aqui, ficam todos misturados", diz Veronese, que dá aulas de artes plásticas para menores infratores no Instituto João Luiz Alves (na Ilha do Governador, zona norte do Rio).
Veronese estava concluindo o painel quando foi procurado pelo Unicef, que lhe pedia um trabalho para ser usado como símbolo de uma campanha pela aplicação efetiva da Convenção dos Direitos das Crianças. Ele ofereceu o "São Apenas Meninos".
"Eles têm corpos de criança e a máscara do crime em seus rostos", diz o artista.
Em setembro de 1998, Veronese cobrou da primeira-dama Ruth Cardoso medidas para a retirada de crianças carentes das ruas. Durante um encontro de primeiras-damas das Américas em Santiago, Chile, o artista entregou à primeira-dama um dossiê sobre a situação dos meninos de rua do Rio onde listava 150 meninos de rua mortos na cidade entre 1994 e 1998, e apresentava fotos de outros 240 com cicatrizes causadas pela violência nas ruas.
Com o dossiê, Veronese pedia o apoio do Comunidade Solidária para um projeto-piloto de atendimento aos meninos de rua, no qual se utilizaria algum Ciep (Centro Integrado de Ensino Público) abandonado para acolher, durante a noite, menores que dormem nas ruas.
"Não tive resposta até hoje. Esta questão não é prioritária no governo de Fernando Henrique e, enquanto isso não for uma prioridade, vamos continuar a produzir uma série de Sandros", disse, referindo-se a Sandro do Nascimento, que sequestrou um ônibus no Rio na semana passada.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Painel no Rio vai lembrar direito da criança
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Um mural com 3 metros de largura e 1,5 metro de altura retratando 16 meninos com a expressão marcada pela violência e pelo medo será exibido terça-feira (27) no Congresso Nacional, em Brasília.
A exibição do painel "São Apenas Meninos", do artista plástico Antônio Veronese, é um dos eventos que vai lembrar, no Congresso, o 10º aniversário da Convenção dos Direitos das Crianças, criada pelo Unicef.
"O Brasil é signatário da convenção, mas não cumpre muitas de suas determinações, como a separação dos meninos infratores por tipo físico e idade. Aqui, ficam todos misturados", diz Veronese, que dá aulas de artes plásticas para menores infratores no Instituto João Luiz Alves (na Ilha do Governador, zona norte do Rio).
Veronese estava concluindo o painel quando foi procurado pelo Unicef, que lhe pedia um trabalho para ser usado como símbolo de uma campanha pela aplicação efetiva da Convenção dos Direitos das Crianças. Ele ofereceu o "São Apenas Meninos".
"Eles têm corpos de criança e a máscara do crime em seus rostos", diz o artista.
Em setembro de 1998, Veronese cobrou da primeira-dama Ruth Cardoso medidas para a retirada de crianças carentes das ruas. Durante um encontro de primeiras-damas das Américas em Santiago, Chile, o artista entregou à primeira-dama um dossiê sobre a situação dos meninos de rua do Rio onde listava 150 meninos de rua mortos na cidade entre 1994 e 1998, e apresentava fotos de outros 240 com cicatrizes causadas pela violência nas ruas.
Com o dossiê, Veronese pedia o apoio do Comunidade Solidária para um projeto-piloto de atendimento aos meninos de rua, no qual se utilizaria algum Ciep (Centro Integrado de Ensino Público) abandonado para acolher, durante a noite, menores que dormem nas ruas.
"Não tive resposta até hoje. Esta questão não é prioritária no governo de Fernando Henrique e, enquanto isso não for uma prioridade, vamos continuar a produzir uma série de Sandros", disse, referindo-se a Sandro do Nascimento, que sequestrou um ônibus no Rio na semana passada.
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