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20/06/2007 - 13h35

Camelôs protestam em SP; mulher aponta arma para manifestantes

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da Folha Online
do Agora

Um grupo de camelôs realiza um protesto nesta quarta-feira em frente à Subprefeitura da Mooca (zona leste de São Paulo). Eles reivindicam a concessão de mais TPUs (Termos de Permissão de Uso, as autorizações dadas aos ambulantes pelas subprefeituras) para atuação no Brás (centro). Segundo a PM (Polícia Militar), cem pessoas participam da manifestação.

Durante a manhã, uma mulher que se identificou como policial civil tentou passar acelerando seu carro entre os camelôs, na rua Bresser. Os manifestantes reagiram, ao que ela desceu e apontou uma arma para o grupo. Os camelôs pararam, a mulher guardou a arma e seguiu com o carro, sob socos e pontapés.

O pedido dos ambulantes por mais TPUs não será atendido pois um estudo revelou que qualquer nova concessão levará transtornos à região, de acordo com a subprefeitura da Mooca. Em abril passado, a subprefeitura cassou os TPUs de 291 ambulantes, depois de cobrar uma taxa pela avaliação dos documentos deles. Atualmente, há 602 camelôs regulares no bairro.

Quando decide sobre a concessão de TPUs, a subprefeitura considera a manutenção do livre trânsito de carros e pedestres e de uma distância que permita o funcionamento de farmácias, pontos de ônibus e lojas sem obstrução. Solicitantes idosos ou portadores de deficiências têm preferência devido à dificuldade de retornar ao mercado de trabalho.

Desde maio, uma força-tarefa formada pela subprefeitura, a PM e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) promove operações regulares contra camelôs ilegais, sempre sob protestos. O objetivo, de acordo com a subprefeitura, tem sido impedir a montagem das barracas ilegais ainda pela manhã e apreender produtos falsificados ou contrabandeados.

Incêndio

O protesto desta quarta-feira ganhou destaque devido à suspeita de que ambulantes estejam envolvidos no incêndio que destruiu um minishopping da região, na noite de segunda (18). O caso ainda é investigado.

Câmeras do circuito interno de segurança do minishopping captaram a ação, que durou uma hora. Nas imagens, seis homens aparecem na calçada do estabelecimento colando palitos de fósforos em diversas fechaduras. Em seguida, eles despejam um líquido inflamável na calçada e ateiam fogo. O fogo penetrou no imóvel por debaixo dos portões.

De acordo com o delegado-titular do 12º DP (Pari), Wilson Zanpieri, as suspeitas contra os camelôs existem porque, nos últimos meses, diversos comerciantes registraram boletins de ocorrência acusando ambulantes de terem colado fósforos em suas fechaduras; e porque no último dia 30 um camelô foi preso com uma tampa de cola e diversos palitos de fósforo durante uma operação no bairro.

Subprefeito

Também no dia 30 de maio, o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, foi perseguido por cerca de 150 manifestantes quando visitava o local. O subprefeito acabou fugindo em um carro oficial do município, que foi depredado.

Nesta quarta-feira, Odloak afirmou que não aceita "nenhum tipo de intimidação". "Não sou conivente com o comércio ilegal que atrapalha a vida das pessoas", disse.

 

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