Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/06/2007 - 22h56

Lula reafirma que Aeronáutica tem responsabilidade de acabar com crise aérea

Publicidade

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta quinta-feira ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que o Comando da Aeronáutica é quem deve tomar as medidas que considerar adequadas para estabelecer o fluxo e a segurança do tráfego aéreo. Nesta noite, a FAB (Força Aérea Brasileira) atribuiu os problemas ao excesso de tráfego aéreo. Balanço da Infraero (estatal que administra os aeroportos) apontou que, da 0h às 18h30, 46% dos vôos tiveram problemas.

Lula também desmentiu a informação de que o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, teria sido demitido.

Nos principais aeroportos do país nesta quinta-feira os passageiros sofreram com longos atrasos, cancelamentos e falta de informação.

De acordo com a FAB, a nova crise foi gerada pelo excesso de vôos. "Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), as decolagens de São Paulo e Rio de Janeiro com direção ao espaço aéreo sob responsabilidade do Cindacta-1 estão sofrendo restrições em virtude do volume de tráfego acumulado", disse a FAB em nota.

A Aeronáutica afirmou que "não existem restrições de fluxo de tráfego nos demais centros de controle".

No entanto, o controle de tráfego aéreo impôs o seqüenciamento dos vôos --um intervalo mínimo entre as decolagens--, que atingiu, principalmente, as regiões Norte, Nordeste, Minas, Rio e Brasília. Em São Paulo o espaçamento chegou a 40 minutos.

A reportagem da Folha Online apurou que controladores teriam novamente reclamado de falhas nos consoles e falta de segurança para o trabalho. Sem dar detalhes sobre o funcionamento dos equipamentos ao longo do dia, a Aeronáutica informou que, às 19h, o Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, funcionava "com o número de consoles previsto".

Balanço

Nesta noite de quinta-feira, somente no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), 30 decolagens estavam atrasadas. Outras sete aterrissagens também registraram atrasos.

Em Congonhas, na zona sul de São Paulo, 15 aterrissagens e sete decolagens estavam com atraso.

No Rio de Janeiro, a situação no aeroporto Tom Jobim era de 16 chegadas com atrasos, além de 11 decolagens. Em Brasília, haviam nove decolagens com atraso no terminal.

Até as 18h30 de hoje, de acordo com balanço da Infraero, 562 dos 1.475 vôos programados tiveram atrasos superiores a uma hora no país --38,1%-- e 122 foram cancelados --8,2%.

O aeroporto de Recife foi o terminal com maior número de atrasos. A espera foi superior a uma hora em 38 dos 52 vôos programados para ocorrer da 0h às 18h30 --73%. No aeroporto de Fortaleza, os atrasos atingiram 69,7% dos 43 vôos.

Problemas no tráfego aéreo

Na terça (19), todas as decolagens nos aeroportos do Rio e de Minas foram suspensas e o espaçamento entre vôos de São Paulo e Brasília foi estendido para 30 minutos. Segundo os controladores de tráfego aéreo, as medidas --que iniciaram a atual série de atrasos-- foram necessárias devido a uma falha nos monitores do Cindacta-1. Os equipamentos tiveram que ser substituídos. Para a Aeronáutica, o que houve foi uma operação-padrão "velada".

No final da tarde de quarta (20), as operações de pouso e decolagens foram prejudicadas por uma queda nas freqüências que deixou o Cindacta-1 sem comunicação. O problema foi atribuído a uma falha da Embratel. A empresa afirma que ainda faz uma avaliação técnica dos sistemas que atendem a Infraero para, depois, se pronunciar.

Também na quarta, a Aeronáutica determinou a prisão administrativa do controlador de tráfego aéreo Carlos Trifilio, de São Paulo, por conceder entrevistas à imprensa. A decisão gerou tensão entre os colegas. No entanto, profissionais ouvidos pela Folha Online negam que tenham programado a chamada operação-padrão como forma de protestar contra a medida.

Trifilio é presidente da Febracta (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo). De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), a detenção foi determinada porque o controlador é um militar e precisa de autorização para falar a qualquer veículo de comunicação. Sua defesa afirma que apresentará à Justiça Militar um mandado de segurança para tentar reverter a prisão.

Com Agência Brasil

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página