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07/06/2001 - 22h52

Segurança é reforçada em Piraquara; presos permanecem rebelados

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

A Polícia Militar reforçou, na noite desta quinta-feira, a segurança na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Reivindicando transferências, 26 funcionários do presídio são mantidos como reféns desde as 17h30 de quarta-feira (6).

Segundo a PM, o reforço do policiamento à noite é uma medida de segurança, para coibir uma fuga em massa. O local está cercado pela polícia.

No final da tarde desta quinta-feira, os presos enviaram ao secretário da Segurança Pública do Estado, José Tavares, uma relação com 23 nomes e os Estados para onde querem ser transferidos.

Os rebelados exigiam, inicialmente, a transferência de 15 presos _que seriam os líderes do movimento. Ao apresentarem a lista ao secretário, o número passou para 23.

Conforme a secretaria, as negociações deverão ser retomadas pela manhã. A secretaria afirmou que o fim da rebelião em Piraquara "depende das negociações" para a transferência dos rebelados. O Paraná está propondo transferência por meio de permuta com presos de outros Estados.

A maioria dos presos da PCE quer ser transferida para São Paulo. Há solicitações também para Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas.

A presença de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) entre os rebelados, estaria dificultando as negociações. Os integrantes da facção criminosa haviam sido transferidos de São Paulo para o Paraná e estariam querendo retornar para a capital paulista.

Os rebelados dizem estar fortemente armados e afirmam que não há feridos entre os reféns.

A PCE é a maior penitenciária do Paraná e abriga cerca de 1.500 presos.

Líder
Segundo a Secretaria da Segurança do Paraná, o líder do motim é José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

Geléia disse, num primeiro momento, que gostaria de vir para São Paulo. Ele estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.

No entanto, de acordo com a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.


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