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08/06/2001 - 08h00

Rebelião no Paraná já dura 39 horas; 26 são mantidos como reféns

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MILENA BUOSI
da Folha Online

A rebelião na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, já dura 39 horas. Vinte e seis funcionários são mantidos como reféns. Não há informações sobre feridos.

Policiais do batalhão da área, da tropa de choque e do grupo de elite Tigre, da Polícia Civil, cercam o local. Segundo a PM, a noite foi calma e não houve tumulto no presídio.

O governo do Paraná tenta negociar com outros Estados a transferência de 23 presos. O grupo entregou, no final da tarde de ontem, uma lista ao secretário da Segurança Pública, José Tavares, com os nomes dos detentos que querem deixar a PCE.

A maioria dos presos quer ser transferida para São Paulo. Há solicitações também para Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas.

A relação com os nomes foi passada por fax ao secretário. Os presos concordaram em repassar a lista para o diretor da PCE, Luiz Carlos Couto, que, então, enviou à secretaria.

A presença de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) entre os rebelados dificulta as negociações. Os integrantes da facção criminosa haviam sido transferidos de São Paulo para o Paraná e estariam querendo retornar para a capital paulista.

As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.

Os rebelados disseram que estão com armas de fogo e granadas, o que não foi confirmado pela PM. A PCE é a maior penitenciária do Paraná e abriga cerca de 1.500 presos.

PCC

Segundo a Secretaria da Segurança, o líder do motim é José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

Geléia disse, num primeiro momento, que gostaria de vir para São Paulo. Ele estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.

No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.

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