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08/06/2001
-
14h54
MILENA BUOSI
da Folha Online
O Ministério da Justiça foi acionado e tenta negociar com autoridades para a transferência de presos rebelados na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com o deputado federal Padre Roque Zimermann (PT-PR), que acompanha as negociações, pela manhã apenas o Estado do Mato Grosso do Sul havia aceito a transferência de um detento.
"A Negociação continua e o Ministério da Justiça está tentando arrumar vagas", disse o deputado.
Ontem, os rebelados entregaram uma lista com o nome de 23 presos que querem ser transferidos para outros Estados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Paraná, 13 deles querem vir para São Paulo. Há solicitações também para Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas.
Entre os 13 que querem vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Fuga frustrada
A rebelião começou por volta das 17h30 da última quarta-feira com uma tentativa de fuga frustrada. Vinte e seis funcionários são mantidos como reféns.
O deputado Padre Roque conversou com os reféns e eles disseram que estão bem. No entanto, os rebelados disseram que fizeram uma barricada com colchões e botijões de gás e ameaçam explodir o local se a tropa de choque entrar no presídio.
Os rebelados se dizem armados com revólveres e pistolas e mostraram uma granada ao deputado. "Se a granada é de verdade, não sei. Mas eles disseram que fizeram uma barricada e que vão explodir o local se o choque entrar", disse o deputado.
O secretário da Segurança Pública, José Tavares, segue para a PCE. A penitenciária é a maior do Estado e abriga cerca de 1.500 presos.
Leia especial sobre presídios
Ministério da Justiça auxilia na transferência de presos do Paraná
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da Folha Online
O Ministério da Justiça foi acionado e tenta negociar com autoridades para a transferência de presos rebelados na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com o deputado federal Padre Roque Zimermann (PT-PR), que acompanha as negociações, pela manhã apenas o Estado do Mato Grosso do Sul havia aceito a transferência de um detento.
"A Negociação continua e o Ministério da Justiça está tentando arrumar vagas", disse o deputado.
Ontem, os rebelados entregaram uma lista com o nome de 23 presos que querem ser transferidos para outros Estados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Paraná, 13 deles querem vir para São Paulo. Há solicitações também para Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Amazonas.
Entre os 13 que querem vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Fuga frustrada
A rebelião começou por volta das 17h30 da última quarta-feira com uma tentativa de fuga frustrada. Vinte e seis funcionários são mantidos como reféns.
O deputado Padre Roque conversou com os reféns e eles disseram que estão bem. No entanto, os rebelados disseram que fizeram uma barricada com colchões e botijões de gás e ameaçam explodir o local se a tropa de choque entrar no presídio.
Os rebelados se dizem armados com revólveres e pistolas e mostraram uma granada ao deputado. "Se a granada é de verdade, não sei. Mas eles disseram que fizeram uma barricada e que vão explodir o local se o choque entrar", disse o deputado.
O secretário da Segurança Pública, José Tavares, segue para a PCE. A penitenciária é a maior do Estado e abriga cerca de 1.500 presos.
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