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08/06/2001
-
17h47
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Os 23 presos que lideram a rebelião na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR), deverão ser transferidos amanhã. Vinte e seis funcionários do presídio são mantidos reféns desde as 17h30 de quarta-feira (6). A rebelião começou após uma tentativa frustrada de fuga.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, as transferências ocorrerão às 9h. O único Estado que não concordou em receber os rebelados foi o Mato Grosso. Com isso, os três rebelados que reivindicavam transferência para o Mato Grosso, serão levados para o Mato Grosso do Sul.
Ainda conforme a secretaria, os presos não quiseram ser transferidos durante a noite desta sexta, preferindo aguardar até amanhã.
Os reféns serão libertados somente no momento das transferências. O presídio permanece cercado pela polícia. O fornecimento de energia elétrica, água e comida é normal para a penitenciária.
A maioria dos presos _13 deles_ será transferida para São Paulo. Quatro irão para Santa Catarina, quatro para o Mato Grosso do Sul, um para o Pará e outro para o Amazonas.
As transferências para o Amazonas e Pará ocorrerão via áerea. Para os demais Estados, os presos serão transportados por terra, com escolta da Polícia Militar.
Os presos dizem estar fortemente armados, mas garantem que os reféns não estão feridos.
A PCE é a maior penitenciária do Paraná e abriga cerca de 1.500 presos, incluindo membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), que haviam sido transferidos de São Paulo.
Negociações
Por volta das 17h desta quinta-feira, os rebelados enviaram ao secretário da Segurança, José Tavares, uma lista com 23 nomes e Estados para transferências.
Inicialmente, os rebelados pediriam 15 transferências _que seriam os líderes dos movimentos. Ao apresentar a lista, os presos apresentaram mais oito nomes.
As negociações com os Estados começaram a ser feitas na noite de ontem. As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.
PCC
Entre os 13 que querem vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Leia especial sobre presídios
Transferência de presos é marcada no PR, mas 26 permanecem reféns
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da Folha Online
Os 23 presos que lideram a rebelião na PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR), deverão ser transferidos amanhã. Vinte e seis funcionários do presídio são mantidos reféns desde as 17h30 de quarta-feira (6). A rebelião começou após uma tentativa frustrada de fuga.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, as transferências ocorrerão às 9h. O único Estado que não concordou em receber os rebelados foi o Mato Grosso. Com isso, os três rebelados que reivindicavam transferência para o Mato Grosso, serão levados para o Mato Grosso do Sul.
Ainda conforme a secretaria, os presos não quiseram ser transferidos durante a noite desta sexta, preferindo aguardar até amanhã.
Os reféns serão libertados somente no momento das transferências. O presídio permanece cercado pela polícia. O fornecimento de energia elétrica, água e comida é normal para a penitenciária.
A maioria dos presos _13 deles_ será transferida para São Paulo. Quatro irão para Santa Catarina, quatro para o Mato Grosso do Sul, um para o Pará e outro para o Amazonas.
As transferências para o Amazonas e Pará ocorrerão via áerea. Para os demais Estados, os presos serão transportados por terra, com escolta da Polícia Militar.
Os presos dizem estar fortemente armados, mas garantem que os reféns não estão feridos.
A PCE é a maior penitenciária do Paraná e abriga cerca de 1.500 presos, incluindo membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), que haviam sido transferidos de São Paulo.
Negociações
Por volta das 17h desta quinta-feira, os rebelados enviaram ao secretário da Segurança, José Tavares, uma lista com 23 nomes e Estados para transferências.
Inicialmente, os rebelados pediriam 15 transferências _que seriam os líderes dos movimentos. Ao apresentar a lista, os presos apresentaram mais oito nomes.
As negociações com os Estados começaram a ser feitas na noite de ontem. As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.
PCC
Entre os 13 que querem vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Leia especial sobre presídios
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