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09/06/2001 - 09h57

Presos permanecem rebelados em Piraquara (PR) e mantêm 26 reféns

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

Os presos da PCE (Penitenciária Central do Estado), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR), permanecem rebelados. A transferência dos 23 líderes do movimento estavam previstas para hoje. No entanto, segundo a Secretaria da Segurança Pública, os rebelados afirmam que querem ser transferidos somente na segunda-feira.

Vinte e seis agentes penitenciários são mantidos reféns desde quarta-feira (6), após uma tentativa frustrada de fuga. Atendendo às reivindicações dos rebelados, a secretaria negociou as transferências com outros Estados.

Conforme a secretaria, negociações com os presos ainda são feitas, na tentativa de que as transferências ocorram neste fim de semana. A preocupação é de que a rebelião _até agora concentrada no grupo que pede transferência_ se estenda a outros detentos amanhã, dia de visitas, havendo confronto entre os próprios presos.

Caso as autoridades não consigam negociar com os rebelados, as transferências deverão ocorrer a partir das 10h de segunda-feira.

O presídio está cercado e o policiamento foi reforçado para evitar uma fuga em massa. Os presos estão fortemente armados, mostram granadas e uma faixa do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A PCE, o maior presídio do Paraná, abriga atualmente 1.370 detentos.

PCC
Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.

No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.

Negociações
Por volta das 17h de quinta-feira (7), os rebelados enviaram ao secretário da Segurança, José Tavares, uma lista com 23 nomes e Estados para transferências.

Inicialmente, os rebelados pediriam 15 transferências _que seriam os líderes dos movimentos. Ao apresentar a lista, os presos apresentaram mais oito nomes.

As negociações com os Estados começaram a ser feitas no mesmo dia. As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.

Na tarde de ontem, a secretaria havia informado que as transferências ocorreriam às 9h deste sábado. Segundo a assessoria de imprensa, os presos seriam levados de avião para o Acre e Pará. Para os demais Estados [São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul], a transferência seria por terra, com escolta da Polícia Militar.

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