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Liberdade será exceção ao Cidade Limpa
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DIEGO ZNACHETTA
do Agora
Os comerciantes da Liberdade, tradicional reduto das colônias japonesa e chinesa na região central da capital, poderão recolocar nas fachadas de lojas e restaurantes os ideogramas (escrita oriental), luminárias e gôndolas retirados em cumprimento à Lei Cidade Limpa. O acordo entre a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) e as lideranças de lojistas do bairro é a primeira exceção da nova legislação, em vigor desde o dia 1º de abril deste ano.
Os emblemas orientais com mais de 4 m² --"característicos do bairro", segundo Regina Monteiro, diretora da Emurb-- podem voltar. Pela lei, a multa para quem colocar indicativos acima da medida é de R$ 1.000 por m² em excesso. Hoje, a maior parte das lojas das rua Galvão Bueno e os restaurantes da Glória, por exemplo, que utilizavam os "tyotin" --luminárias arredondadas com ideogramas japoneses-- estão sem anúncio na entrada.
"A identidade do bairro, as características japonesas das lojas precisam ser mantidas", afirmou ontem ao Agora o secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo. Um projeto específico com novas regras para a publicidade na Liberdade será apresentado nas próximas semanas, acrescentou a diretora da Emurb.
"Os ideogramas poderão voltar. Aquelas luminárias com características orientais também. Nada que seja tão grande, mas haverá um projeto específico para toda essa região", adiantou Monteiro. "Não só a comunidade japonesa, mas muitos comerciantes coreanos e chineses nos pediram a manutenção dos ideogramas. O que não vamos permitir são faixas ou placas sem nenhuma identidade com a cultura oriental", ressaltou.
Nas outras regiões da capital, porém, as multas já estão sendo aplicadas. "Não foi apenas a Telhanorte e o McDonald"s que foram multados, existem outros estabelecimentos que não cumpriram as regras", afirmou ontem o prefeito Gilberto Kassab (DEM) no lançamento das 31 futuras ruas "modelo" da Lei Cidade Limpa.
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