Publicidade
Publicidade
09/06/2001
-
16h00
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Parentes de reféns fazem vigília em Piraquara, aguardando o fim da rebelião iniciada na quarta-feira (6), após uma tentativa frustrada de fuga. Vinte e seis agentes penitenciários são mantidos como reféns.
A transferência dos 23 líderes do movimento deveria ter ocorrido na manhã de hoje. No entanto, os presos não concordaram e deverão ser transferidos na segunda-feira.
O policiamento foi reforçado ao redor da PCE (Penitenciária Central do Estado), para evitar uma fuga em massa. Outra preocupação, segundo a Secretaria da Segurança Pública, é que a rebelião _até agora concentrada no grupo que pede transferência_ se estenda a outros detentos amanhã, dia de visitas, provocando confronto entre os presos.
Segundo a Polícia Militar, os parentes de presos não terão acesso ao presídio porque todas as vias de acesso à PCE estão bloqueadas. Apenas parentes de reféns e a imprensa tem acesso ao local.
Os presos estão fortemente armados -mostram granadas e uma faixa do PCC (Primeiro Comando da Capital)-, mas garantem que os reféns não estão feridos.
A PCE, o maior presídio do Paraná, abriga atualmente 1.370 detentos.
Negociações
Por volta das 17h de quinta-feira (7), os rebelados enviaram ao secretário da Segurança, José Tavares, uma lista com 23 nomes e Estados para transferências.
Inicialmente, os rebelados pediriam 15 transferências _que seriam os líderes dos movimentos. Ao apresentar a lista, os presos apresentaram mais oito nomes.
As negociações com os Estados começaram a ser feitas no mesmo dia. As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.
Na tarde de ontem, a secretaria havia informado que as transferências ocorreriam às 9h deste sábado. Segundo a assessoria de imprensa, os presos seriam levados de avião para o Acre e Pará. Para os demais Estados [São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul], a transferência seria por terra, com escolta da Polícia Militar. No entanto, após o anúncio, os presos reivindicaram que as transferências sejam feitas na segunda-feira.
PCC
Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Leia especial sobre presídios
Parentes de reféns fazem vigília em Piraquara; rebelião começou 4ª
Publicidade
da Folha Online
Parentes de reféns fazem vigília em Piraquara, aguardando o fim da rebelião iniciada na quarta-feira (6), após uma tentativa frustrada de fuga. Vinte e seis agentes penitenciários são mantidos como reféns.
A transferência dos 23 líderes do movimento deveria ter ocorrido na manhã de hoje. No entanto, os presos não concordaram e deverão ser transferidos na segunda-feira.
O policiamento foi reforçado ao redor da PCE (Penitenciária Central do Estado), para evitar uma fuga em massa. Outra preocupação, segundo a Secretaria da Segurança Pública, é que a rebelião _até agora concentrada no grupo que pede transferência_ se estenda a outros detentos amanhã, dia de visitas, provocando confronto entre os presos.
Segundo a Polícia Militar, os parentes de presos não terão acesso ao presídio porque todas as vias de acesso à PCE estão bloqueadas. Apenas parentes de reféns e a imprensa tem acesso ao local.
Os presos estão fortemente armados -mostram granadas e uma faixa do PCC (Primeiro Comando da Capital)-, mas garantem que os reféns não estão feridos.
A PCE, o maior presídio do Paraná, abriga atualmente 1.370 detentos.
Negociações
Por volta das 17h de quinta-feira (7), os rebelados enviaram ao secretário da Segurança, José Tavares, uma lista com 23 nomes e Estados para transferências.
Inicialmente, os rebelados pediriam 15 transferências _que seriam os líderes dos movimentos. Ao apresentar a lista, os presos apresentaram mais oito nomes.
As negociações com os Estados começaram a ser feitas no mesmo dia. As transferências, conforme a secretaria, serão realizadas por meio de permutas entre presos dos Estados.
Na tarde de ontem, a secretaria havia informado que as transferências ocorreriam às 9h deste sábado. Segundo a assessoria de imprensa, os presos seriam levados de avião para o Acre e Pará. Para os demais Estados [São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul], a transferência seria por terra, com escolta da Polícia Militar. No entanto, após o anúncio, os presos reivindicaram que as transferências sejam feitas na segunda-feira.
PCC
Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.
Geléia estava detido na Penitenciária Provisória de Curitiba. Na semana passada, de acordo com a secretaria, Geléia foi transferido para Brasília, em permuta com um detento paranaense.
No entanto, segundo a secretaria, ao chegar em Brasília, as autoridades se recusaram a receber Geléia _provavelmente após analisar que se tratava de um preso perigoso_ e o mandaram de volta para o Paraná. Geléia foi então levado para a PCE, considerada de segurança máxima.
Leia especial sobre presídios
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice