Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/07/2007 - 21h30

Piloto de bimotor fica cego de um olho após colisão com urubus em SP

Publicidade

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

O piloto de um avião bimotor ficou cego de um olho após colidir com urubus durante um vôo, na tarde de domingo (1º), em Jundiaí (60 km de SP). O choque quebrou o pára-brisa da aeronave, cujos estilhaços atingiram o olho esquerdo do piloto. Mesmo ferido e sangrando, Carlos Willian Pereira Fraga, 22, ainda conseguiu pousar o avião. Ficou inconsciente por alguns segundos após a colisão, mas o avião estava no piloto automático.

Além de Fraga, havia dois passageiros no avião --um médico e uma enfermeira que socorreram o piloto ainda no ar. O avião é da empresa Brasil Vida Táxi Aéreo, de serviços aéreos como fretamentos e UTI aérea.

A empresa informou que todos os passageiros passam bem e que o peso do impacto da ave no pára-brisa foi equivalente a uma tonelada. Outro urubu ainda atingiu a fuselagem da aeronave.

O avião havia decolado às 14h45 do Campo de Marte (zona norte de São Paulo), onde havia deixado um paciente, e sobrevoava Jundiaí com destino a Jaú (296 km de SP).

O impacto estilhaçou o vidro frontal da aeronave, que voou cerca de 15 minutos após o acidente. Com o impacto, a cabine do avião ficou repleta de sangue. O médico --que estava ao lado do piloto na cabine-- pegou a ave morta e a jogou para fora da aeronave.

Com o choque, o piloto --que tem quatro anos de experiência, segundo a empresa-- foi obrigado a fazer um pouso de emergência no aeroporto de Jundiaí.

Fraga foi hospitalizado no Hospital São Vicente, em Jundiaí, onde passou por cirurgia. Ele foi atingido no globo ocular esquerdo e transferido para um hospital em Goiânia, cidade em que reside e onde fica a sede da empresa.

Fraga foi procurado nesta segunda-feira, mas a empresa informou que ele estava hospitalizado e não se pronunciaria.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a aeronave --modelo Sêneca-- voava a cerca de 4.500 pés de altitude, ou seja, a pelo menos 1,3 km de altitude.

O diretor-presidente da Brasil Vida, comandante Arédio Bernardes da Costa Júnior, afirmou, em nota, que o vôo estava sendo conduzido visualmente e de acordo com regras do setor.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página