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12/06/2001 - 11h58

Rebelados libertam o 4º refém em Piraquara (PR); situação é tensa

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

Os presos rebelados da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR) libertaram mais um refém na manhã de hoje. Vinte e um agentes penitenciários ainda são mantidos reféns.

Ontem, os rebelados libertaram três reféns e anunciaram a morte do agente penitenciário Luciano Amâncio e de três presos.

Nesta terça-feira, mais uma reivindicação dos presos foi atendida. Um documento, assinado pelo ministro da Justiça, José Gregori, foi enviado aos rebelados garantindo que eles não sofrerão retaliações.

Os presos chegaram a exigir ainda que as transferências dos 23 líderes do movimento fossem feitas de avião. A secretaria afirma que, por enquanto, está mantido o esquema já montado. A assessoria de imprensa da secretaria informou que os presos seriam levados de avião para o Acre e Pará. Para os demais Estados [São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul], a transferência seria por terra, com escolta da Polícia Militar.

Os presos afirmam ter colocado botijões de gás em pontos estratégicos da PCE e ameaçam provocar uma tragédia, caso a tropa de choque da Polícia Militar invada o local. Os líderes da rebelião _integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), ameaçam ainda iniciar rebeliões em seis Estados, se as transferências não ocorrerem.

Segundo a secretaria, a 'bomba' feita com os botijões seria acionada com fios elétricos, mas a energia do presídio foi cortada ontem _embora isso não impeça explosões.

A rebelião na PCE começou na quarta-feira (6). Vinte e seis agentes penitenciários foram mantidos reféns. Três deles foram libertados ontem. Nesta segunda-feira foi confirmada também a morte do agente penitenciário Luciano Amâncio, 30, e de três presos.

Os presos dizem que os outros 21 agentes que permanecem mantidos reféns serão libertados apenas quando ocorrerem as transferências dos 23 líderes da rebelião.

Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

A tropa de choque está de prontidão, na entrada da PCE, o maior presídio do Paraná.

Agitação
A presença da tropa de choque na porta do presídio deixou os presos "agitados", segundo a Secretaria da Segurança Pública do Paraná.

Segundo a secretaria, os rebelados, que costumavam se recolher à noite, permaneceram circulando pelo presídio durante toda a noite e madrugada.

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