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12/06/2001 - 13h34

Termina em Piraquara a maior rebelião do Estado do Paraná

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

Terminou a rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR). Por volta das 13h, os rebelados libertaram parte dos 21 agentes penitenciários que ainda eram mantidos como reféns. Por volta das 15h, o outro grupo de agentes deverá ser libertado.

Esta foi a maior rebelião do Paraná. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado, as transferências dos 23 líderes do movimento já começaram a ser providenciadas.

A rebelião havia sido iniciada na quarta-feira (6), após tentativa frustrada de fuga. Vinte e seis agentes penitenciários foram mantidos como reféns. Um deles foi assassinado pelos presos.

Ontem, os rebelados libertaram três reféns e anunciaram a morte do agente penitenciário Luciano Amâncio e de três presos. Na manhã desta quarta-feira, outro refém, o chefe de segurança Luis Alves, foi libertado.

Desde ontem a tropa de choque esteve de prontidão na porta da PCE, o maior presídio do Paraná. O fato desagradou os rebelados, que disseram ter espalhado botijões de gás em pontos estratégicos do presídio, ameaçando explodir o local caso a PM entrasse.

Os 23 líderes do movimento deverão ser transferidos para os Estados do Acre, Pará, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Entre os 13 presos que deverão vir para presídios paulistas está o líder do motim, José Márcio Felício, o Geléia, apontado pela polícia de São Paulo como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) e como o mentor do sequestro da filha do diretor da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), José Ismael Pedrosa.

Reivindicações
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná havia afirmado que o governo não atenderia novas reivindicações dos presos. Caso eles não se entregassem, a polícia invadiria a PCE.

A primeira exigência dos presos foi a transferência dos 23 líderes para seus Estados de origem. Depois, eles pediram uma carta assinada pelo ministro da Justiça José Gregori, garantindo que não sofreriam retaliações. Os presos recusaram o documento apresentado ontem, que não continha a assinatura do ministro.

Hoje, nova carta foi encaminhada aos rebelados.

Segundo a secretaria, nesta terça os rebelados chegaram a pedir que a Polícia Militar não entrasse no local após o fim da rebelião.


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