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15/06/2001 - 07h46

Diretor de penitenciária sai após rebelião no Paraná

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da Agência Folha, em Curitiba

O diretor da Penitenciária Central do Estado, no Paraná, onde uma rebelião liderada por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) terminou na última terça-feira com quatro mortos, deixou o cargo.

Luiz Carlos Couto procurou o secretário da Segurança do Paraná, José Tavares, anteontem, um dia após o fim do motim, dizendo-se sem condições emocionais de continuar comandando o presídio depois da morte do agente penitenciário Luciano Aparecido Amâncio por um dos rebelados. Os outros mortos eram detentos.

No mesmo dia do pedido do afastamento, quando o presídio localizado em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, voltou ao controle das autoridades, a Polícia Militar apontou a falta de 79 detentos ao fazer a contagem.

O secretário aceitou o pedido do diretor. Segundo assessores ligados a ele, Tavares teria ficado "boquiaberto" com a situação que encontrou na prisão.

Couto é delegado de polícia aposentado. Ele assumiu a penitenciária em outubro do ano passado, quando outra rebelião derrubou o diretor anterior.

Tavares já designou o tenente-coronel França Filho como novo diretor. Ele passa a comandar a maior penitenciária do Paraná com funcionários civis. Tavares desistiu de manter os presos sob fiscalização de policiais militares.

Sumidos
A secretaria promete para hoje uma lista oficial dos presos que permanecem no presídio após rebelião de seis dias.

O número de presos sumidos pode ser 80, segundo um agente penitenciário. O secretário não quer falar em números. O resultado da recontagem que ele determinou ao comandante do Batalhão de Guarda dos Presídios, tenente-coronel Nemézio Xavier de França Filho, será divulgado hoje.

A assessoria de imprensa informou que eram 1.371, e não 1.361, os detentos achados na contagem de 4 de junho, antes do motim.

A PM pode ter deixado de contar os presos da área de segurança máxima, que fica numa ala separada. Os hospitalizados também podem ter sido esquecidos.

Não se descartava a hipótese de encontrar detentos escondidos ou mortos em túneis localizados pela varredura da PM, que não chegaram à parte externa do presídio.

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