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15/06/2001 - 08h20

Escuta comprova corrupção de agentes penitenciários pelo PCC

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RITA MAGALHÃES
do Agora

O envolvimento de pelo menos 13 funcionários do sistema penitenciário foi descoberto através de escuta telefônica nas 12 centrais de comunicação do Primeiro Comando da Capital, apreendidas há 15 dias numa operação em conjunto da Polícia Civil e Ministério Público. A polícia e a Corregedoria dos Presídios trabalham agora para identificar os funcionários que estariam sendo corrompidos nos presídios.

Segundo os promotores Márcio Sérgio Christino e Roberto Porto, ambos do Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado), também constam nas 400 fitas de gravação conversas de presos detidos no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté.

Considerada a prisão mais rígida do sistema penitenciário paulista, o "Piranhão", como é conhecido o Anexo de Taubaté, se tornou o local mais temido pelos presos do PCC. Lá, os presos vivem num sistema de rodízio de celas para evitar que façam esconderijo de objetos. Há mais de 20 anos nenhuma fuga é registrada naquele presídio.

"Como o encontro de telefone com o preso é considerado falta grave (o que poderia deixá-lo de castigo e até elevar o prazo de internação no regime de isolamento), os próprios agentes guardam os aparelhos para os presos e levam às celas na hora das ligações", disse Christino.

Para expulsar os funcionários corruptos do sistema carcerário, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse que a Corregedoria dos Presídios está atuando em conjunto com a polícia e a promotoria na investigação das facções.

Ele disse que nos últimos 17 meses, 59 funcionários foram demitidos do sistema penitenciário por envolvimento em irregularidades. Outros 276 estão sendo investigados.


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