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Infraero descarta problemas em pista onde avião da Pantanal derrapou
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da Folha Online
A superintendência regional da Infraero em São Paulo descartou problemas na pista principal do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), local onde uma aeronave da empresa Pantanal derrapou na segunda-feira (16).
A aeronave havia decolado em Araçatuba (530 km a noroeste de São Paulo) e feito uma escala em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), antes de pousar em Congonhas. Chovia no momento do pouso --às 12h43-- e o aparelho deslizou. Ninguém ficou ferido.
Depois de passar por reformas, a pista principal de Congonhas foi liberada para pousos e decolagens no dia 30 de junho. No entanto, ela foi liberada sem que fosse feito o grooving (ranhuras para dar mais aderência aos pneus dos aviões e facilitar o escoamento da água).
A ausência do grooving na pista auxiliar de Congonhas --a única disponível com a reforma da pista principal-- foi uma das críticas feitas em maio deste ano por Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários, para justificar a predileção de pilotos em não pousar em Congonhas.
Segundo o superintendente regional da Infraero, Edgard Brandão Júnior, o grooving não poderia ter sido feito logo após a liberação da pista pois é necessário um período de cura (tratamento) do pavimento. Esse trabalho deverá ter início ainda neste mês e será feito durante as madrugadas para não atrapalhar as operações de pousos e decolagens na pista. O prazo de término é de 60 dias.
Brandão Júnior, que tem formação acadêmica em engenharia civil, afirma não haver uma relação direta com o deslize da aeronave e a ausência do grooving. "Nas mesmas circunstâncias em que estava a pista outras aeronaves desceram e subiram normalmente. Se tivéssemos mais incidentes desse tipo e eles fossem repetitivos, talvez seria um indicador", afirma o superintendente.
De acordo com dados meteorológicos, ainda segundo Brandão Júnior, a lâmina de água da chuva na pista era de 0,8 mm no momento do pouso do avião da Pantanal. "Os padrões internacionais recomendam que com 3 milímetros ou mais as operações sejam suspensas, não era o caso ontem", afirmou.
Apesar de não contar com o grooving, segundo o superintendente regional, a infra-estrutura da pista passou com folga em testes de declive --inclinação da pista para possibilitar o escoamento da água-- e aderência (do pneu do avião ao tocar o solo).
Derrapagens
Entre o final do ano passado e o começo deste, Congonhas registrou casos de derrapagens de aeronaves devido ao mau estado de conservação de suas pistas. No final de fevereiro, a pista auxiliar entrou em reforma. Durante este período, a pista principal era fechada sempre que chovia forte, pois seu estado ainda era ruim.
Os trabalhos na recuperação da pista auxiliar duraram cerca de 70 dias. Logo começaram as obras na pista principal, que duraram mais 45 dias. Ela foi liberada no último dia 30 de junho.
Pantanal
A assessoria de imprensa da Pantanal foi procurada nesta terça-feira para comentar o assunto. Um recado foi deixado mas não houve resposta por parte da empresa aos pedidos de informações da reportagem.
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