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20/06/2001 - 10h09

História da chacina no Carandiru é cercada de versões e "lendas"

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RICARDO FELTRIN
Editor de Cotidiano da Folha Online

Muitas "lendas" policiais foram criadas após a chacina "oficial" praticada pela Polícia Militar de São Paulo na tarde de 2 de outubro de 1992, no Carandiru.

Algumas histórias tentam amenizar os motivos que levaram PMs a praticar uma matança, sem precedentes no país, de pessoas sob a guarda do Estado.

Uma das lendas mais inverossímeis diz que, naquela tarde, o coronel Ubiratan Guimarães teria sido atingido por uma bomba de fabricação caseira enquanto tentava "negociar" o fim do motim de presos no pavilhão 9. Essa é a versão que seus advogados apresentam.

Ao ver o coronel caído no chão, sangrando (segue a tal versão), a tropa teria tomado a decisão "pessoal" de entrar com metralhadoras, fuzis e cães.

Ou seja: 325 homens teriam tomado uma decisão por impulso. Iniciariam uma chacina porque o comandante fora ferido e o sangue "subiu à cabeça". Depois escorreria pelos corredores e pátios do Pavilhão 9.

Essa tese é desmentida até dentro da PM: afirma-se que, no momento da invasão, o coronel estaria reunido com outros comandantes de batalhões no local. Sua ordem para a invasão fora dada a distância. Ele estava em situação mais segura do que quer fazer crer.

Outra "lenda" sobre o massacre surgiria dias depois da tragédia.

Tão fantasiosa como o ferimento do coronel. A matança seria um trabalho encomendado, e que os presos mortos fariam parte de uma lista de estupradores.

Outra bobagem. O perfil dos mortos comprova que a maioria estava presa por roubo ou tráfico, tinha menos de 25 anos e ainda não tinha sentença definitiva.

Leia especial sobre o massacre do Carandiru
 

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