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23/07/2007 - 13h40

Mudanças em Congonhas devem elevar preços das passagens, prevê governo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo federal já admite que haverá aumentos nos preços das passagens aéreas em consequência das medidas decretadas pelo Conac (Conselho de Aviação Civil) na última sexta-feira, que prevêem a redução do número de vôos no aeroporto de Congonhas (SP). A avaliação de integrantes do governo --feita esta manhã durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a coordenação política-- é que além de preços mais altos, ocorrerão transtornos aos usuários do transporte aéreo em decorrência da redução das atividades em Congonhas.

Interlocutores do presidente Lula afirmaram estar dispostos a manter a redução dos vôos para garantir a segurança no aeroporto de Congonhas, mesmo com os anunciados transtornos aos passageiros. Os ministros defenderam que o governo faça a opção pela segurança, mesmo com impactos no bolso dos passageiros.

Os ministros reconheceram que, com a redução no número de vôos, as companhias aéreas terão gastos que vão ser automaticamente repassados aos consumidores. Além da redução no número de vôos, as medidas do Conac também determinam que os aviões pousem em Congonhas com peso menor --o que reduz o número de ocupações nos vôos e pode trazer prejuízos às companhias aéreas.

Na reunião, ministros reconheceram que foi um erro o atual governo manter Congonhas como o principal aeroporto de São Paulo. Mas também não pouparam críticas aos usuários, apontados por alguns ministros como diretamente responsáveis pelo crescimento do aeroporto --uma vez que grande parte prefere desembarcar no centro da capital paulista ao invés de optar por vôos para Guarulhos (SP).

O governo também avalia que nunca houve pressão popular para propor o fechamento do aeroporto de Congonhas, como agora é proposto pelo Ministério Público Federal.

Conac

Lula defendeu, durante a reunião, que sejam realizadas reuniões sistemáticas do Conac para discutir a crise aérea --que ganhou força após o acidente com o Airbus-A320 da TAM. A partir de agora, o órgão vai se reunir mais de uma vez por semana para coordenar as ações do governo na crise.

O presidente também decidiu incluir novos ministros no Conac, como Paulo Bernardo (Planejamento), para que decisões orçamentárias possam ser tomadas no âmbito do órgão.

Depois de sucessivos problemas na administração da crise, o governo agora admite que há falhas de comunicação entre os diversos órgãos que administram a crise, como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero e Aeronáutica. Por este motivo, Lula deseja fortalecer o Conac para que o órgão possa fiscalizar e coordenar a gestão da crise aérea no país.

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