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21/06/2001 - 17h58

Funcionária do Metrô simulou roubo e sequestro, diz investigador

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LÍVIA MARRA
da Folha Online

A polícia solucionou o roubo ocorrido sábado (16), no Metrô de São Paulo. Na ocasião, foram roubados cerca de R$ 146.000 entre bilhetes e dinheiro. Uma funcionária teria sido sequestrada. Segundo a Delegacia do Metropolitano (Delpom), que hoje recuperou todos os bilhetes roubados, a funcionária que se passava por vítima foi a responsável pelo roubo e simulou o próprio sequestro.

Conforme o investigador-chefe do Delpom, Gilberto Andelmi, a funcionária acusada está internada em uma clínica psiquiátrica desde esta quarta-feira.

"Os familiares a internaram em uma clínica psiquiátrica. Ela sofre de depressão e toma remédios fortes. O dolo será apurado. Ainda não sabemos se o roubo foi cometido em razão dos problemas que ela sofre ou se havia realmente a intenção", afirmou.

Os bilhetes roubados _entre 30.000 e 34.000_, foram encontrados na escadaria do prédio onde a funcionária mora. Ela teria sido vista, nesta quarta-feira, entrando no prédio com uma sacola. Na manhã de hoje, um faxineiro encontrou os bilhetes.

Segundo o investigador, a funcionária, identificada como V.R., trabalhava no Metrô havia cerca de dez anos. Ela era agente de estação e tinha acesso ao cofre para a distribuição dos bilhetes. As suspeitas de que ela estaria envolvida no roubo foram levantadas em razão de um bilhete deixado sábado na estação Ana Rosa do Metrô.

"Ela deixou um bilhete dizendo que foi obrigada a abrir o cofre e que seria levada pelos assaltantes. Ela dizia que sete assaltantes ameaçavam metralhar os colegas, caso as exigências não fossem cumpridas. Desconfiamos da caligrafia e na primeira diligência feita em sua casa encontramos o mesmo tipo de papel", disse Andelmi.

A funcionária deixou a estação por volta das 11h do sábado, carregando uma sacola. Conforme o investigador, ao contrário de outras estações, a Ana Rosa não possui câmeras nos guichês. Ninguém teria percebido a saída de V.R. A polícia investiga a participação de outros funcionários no caso.

"Estamos ouvindo as pessoas e nada ainda é descartado. Estamos esperando que ela seja liberada da clínica para que também seja ouvida", afirmou o investigador.

No dia seguinte ao roubo, a funcionária voltou à estação para contar aos supervisores sobre o ocorrido. Segundo Andelmi, a funcionária, ao sair da estação, seguiu de táxi até a zona leste da capital paulista. O taxista teria sido localizado pela polícia.

"Não temos dúvidas que foi ela quem roubou os bilhetes e simulou o sequestro. Ela deverá responder por furto qualificado, mediante abuso de confiança", afirmou Andelmi.

Sindicato
O roubo ocorrido sábado mobilizou o sindicato da categoria, que realizou manifestações contra a violência nas estações.

Na segunda-feira (18), as bilheterias da estação Ana Rosa foi fechada por cerca de uma hora. Nesta quarta-feira, as bilheterias de todas as estações do sistema foram fechadas entre 14h e 14h10, como forma de protesto.

Segundo a assessoria de imprensa, o sindicato apoiará a funcionária até que se prove alguma responsabilidade no roubo.
 

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