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29/06/2001 - 18h18

Defesa de coronel apresenta mapas dos pavilhões do Carandiru

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GUTO GONÇALVES
da Folha Online

A surpresa que o advogado de defesa do coronel Ubiratan Guimarães preparou para os jurados foi a apresentação de plantas da arquitetura do Pavilhão 9 do Carandiru. Vicente Cascione quis demonstrar que houve confronto entre a polícia e os presos apenas em celas concentradas nos locais de entrada dos pavimentos.

Segundo o advogado, no primeiro pavimento existiam 2 únicas celas, dentro de um total de aproximadamente 137 celas, com vestígios de tiros.

No terceiro pavimento, onde morreram cerca de 70 presos, das 137 celas, 15 tinham vestígios de tiros e quatro apresentavam vestígios de sangue. No quarto pavimento havia uma cela com vestígio de tiro, e no quinto pavimento duas celas com vestígios de tiro.

Todas as conclusões do advogado foram baleadas em laudos da perícia da Unicamp, requerida por comissões dos direitos humanos, segundo Cascione.

A tese da defesa é de que não houve chacina ou massacre, mas apenas confronto entre policiais e rebelados, por isso a concentração de celas atingidas por tiros na entrada dos pavimentos.

Cascione fez, durante toda sua fala, um grande suspense sobre a apresentação dessas plantas. Segundo ele, esta seria a primeira vez "que o Brasil toma conhecimento sobre isso".

O advogado insiste com os jurados de que a decisão deve ser isenta e que os sete devem esquecer as pressões da mídia ou de comissões de direitos humanos.

Cascione afirmou que o coronel Ubiratan Guimarães não pode ser julgado porque não há comprovação que um determinado PM matou um determinado preso.

"O coronel é co-autor de um crime sem autores", afirmou.

Leia mais sobre o massacre do Carandiru.








 

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