Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/07/2001 - 17h12

Policiais civis de PE dizem que fim da greve depende do governo

Publicidade

LÍVIA MARRA
da Folha Online
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Os policiais civis de Pernambuco, em greve desde a 0h desta terça-feira, prometem permanecer em grave até que o governo faça uma proposta. A categoria quer elevação do salário base de R$ 74,21 para R$ 180.

Os policiais civis reivindicam ainda a nomeação de 1.600 policiais concursados.

"Tem 6.000 vagas abertas e os 1.600 concursados ninguém chama. O fim da greve depende do governo", disse Henrique Leite, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco.

O sindicato dos policiais avalia o primeiro dia de paralisação e garante que a categoria, que reúne 5.000 policiais no Estado, não pretende ceder.

"Vamos esperar o governo nos chamar para uma negociação. Tentamos de tudo e chegamos ao limite. Em 1998, os policiais ficaram 89 dias em greve e se precisar, vamos bater esse número", afirmou Leite.

Das mais de 200 delegacias do Estado, apenas 16 _sendo quatro na região metropolitana_ estão funcionando para atender emergências.

Outro lado
Segundo a assessoria de imprensa, o Governo do Estado não tem condições de conceder o reajuste, baseado na lei de responsabilidade fiscal. Ainda segundo a assessoria, o reajuste seria inviável porque todas as gratificações são concedidas sobre o salário-base.

Ainda conforme o Governo, no ano passado no ano passado foram nomeados 400 agentes penitenciários, 400 agentes de polícia, 43 delegados, 400 profissionais da área de saúde e 54 peritos criminais. Este ano, foram nomeados mais 40 médicos legistas. Com isso, não haveria condições de absorver novos policiais concursados, como pedem os policiais civis.

Bahia
A PM baiana pode paralisar as suas atividades na próxima quinta-feira, dia que a categoria volta a se reunir em assembléia. Há duas semanas, cerca de 1.200 policiais foram às ruas para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Bahia, Crispiniano Daltro, disse que a categoria reivindica um piso de R$ 1.200. Atualmente, com as gratificações, um PM que trabalha na rua recebe R$ 600 por mês.

De acordo com Daltro, os PMs também vão fazer greve de fome na próxima quinta-feira e doar alimentos para entidades de caridade. O comando da PM informou que está negociando a pauta de reivindicações com a associação desde a semana passada.

Leia especial sobre a crise na polícia
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página