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04/07/2001
-
16h36
da Folha Online
CLAUDIO LIZA JUNIOR
da Folha Campinas
Os 136 presos da Cadeia Pública de Mogi Mirim (162 km a norte de São Paulo) tomaram o local e fizeram outros três detentos reféns por cerca de três horas durante a tarde de hoje.
A rebelião ocorreu em protesto contra a superlotação das celas, que possuem capacidade para abrigar apenas 24 homens. A cadeia tinha ontem 466,6% presos a mais que a capacidade.
Segundo a direção da cadeia, a rebelião não deixou feridos e foi controlada depois de negociação com os presos, que contou com a presença do juiz da Vara de Execuções Criminais da cidade, Severino Gonçalves de Faria Filho.
A Folha apurou, porém, que pelo menos um preso foi ferido por golpes de estilete durante o motim. Ele foi levado para atendimento no Hospital Municipal e passa bem.
Pelo menos dez estiletes feitos com pedaços de paus e cacos de vidro foram encontrados pela polícia no estabelecimento, após a rebelião.
De acordo com o delegado-seccional de Mogi Guaçu, que responde também por Mogi Mirim, Márcio Souza e Silva Dutra, não haverá necessidade de transferência de presos para evitar novas revoltas.
Ele afirmou que apenas um detento, conhecido como Bull, será transferido. Bull está detido sob acusação de tráfico de drogas e teria sido um dos líderes da rebelião.
"A situação da cadeia de Mogi Mirim é difícil, pois o prédio é velho e está lotado. Mas resolvemos o problema tranquilamente, levando o juiz para ouvir as reivindicações dos detentos", disse.
Segundo o delegado, os presos pediram ao juiz a redução da população carcerária, melhorias nas condições do prédio da cadeia, ampliação do horário de visitas e revisão das penas de todos os detentos.
A rebelião de ontem foi a segunda ocorrida na cadeia de Mogi Mirim neste ano. No mês de janeiro, a ala B do prédio foi destruída pelos presos. Atualmente, apenas as celas da ala A estão ocupadas.
Presos de Mogi Mirim (SP) se rebelam contra superlotação
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CLAUDIO LIZA JUNIOR
da Folha Campinas
Os 136 presos da Cadeia Pública de Mogi Mirim (162 km a norte de São Paulo) tomaram o local e fizeram outros três detentos reféns por cerca de três horas durante a tarde de hoje.
A rebelião ocorreu em protesto contra a superlotação das celas, que possuem capacidade para abrigar apenas 24 homens. A cadeia tinha ontem 466,6% presos a mais que a capacidade.
Segundo a direção da cadeia, a rebelião não deixou feridos e foi controlada depois de negociação com os presos, que contou com a presença do juiz da Vara de Execuções Criminais da cidade, Severino Gonçalves de Faria Filho.
A Folha apurou, porém, que pelo menos um preso foi ferido por golpes de estilete durante o motim. Ele foi levado para atendimento no Hospital Municipal e passa bem.
Pelo menos dez estiletes feitos com pedaços de paus e cacos de vidro foram encontrados pela polícia no estabelecimento, após a rebelião.
De acordo com o delegado-seccional de Mogi Guaçu, que responde também por Mogi Mirim, Márcio Souza e Silva Dutra, não haverá necessidade de transferência de presos para evitar novas revoltas.
Ele afirmou que apenas um detento, conhecido como Bull, será transferido. Bull está detido sob acusação de tráfico de drogas e teria sido um dos líderes da rebelião.
"A situação da cadeia de Mogi Mirim é difícil, pois o prédio é velho e está lotado. Mas resolvemos o problema tranquilamente, levando o juiz para ouvir as reivindicações dos detentos", disse.
Segundo o delegado, os presos pediram ao juiz a redução da população carcerária, melhorias nas condições do prédio da cadeia, ampliação do horário de visitas e revisão das penas de todos os detentos.
A rebelião de ontem foi a segunda ocorrida na cadeia de Mogi Mirim neste ano. No mês de janeiro, a ala B do prédio foi destruída pelos presos. Atualmente, apenas as celas da ala A estão ocupadas.
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