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06/07/2001 - 18h48

Greve da polícia em Pernambuco deixa 4.000 inquéritos parados

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Cerca de 4.000 inquéritos estão parados em Pernambuco em consequência da greve dos policiais civis por melhores salários e condições de trabalho.

O movimento, iniciado terça-feira, impede ainda que outros 180 processos de investigação sejam abertos a cada dia. A emissão diária de 2.000 cédulas de identidade também foi suspensa.

Segundo o diretor da Polícia Judiciária do Estado, Antonio Cavendish, apenas os casos mais graves estão sendo registrados. Das 55 delegacias da região metropolitana, somente oito estão funcionando, afirmou.

No IML (Instituto de Medicina Legal), o trabalho de recolhimento, necropsia e liberação dos corpos não foi paralisado. Os laudos das perícias, no entanto, não estão sendo expedidos.

A greve, afirma o Sindicato dos Policiais Civis , conta com a adesão de 80% dos 5.000 servidores da categoria. O governo de Pernambuco não divulga sua estimativa sobre o movimento.

A maior preocupação do Estado no momento é com a decisão da Justiça, que considerou legal a paralisação. Para o juiz Luiz Fernando Lapenda Figueiroa, não ficou demonstrado que o movimento traz "perigo de dano irreparável" à segurança pública.

Ainda segundo o juiz, o policiamento ostensivo, preventivo e repressivo continua sendo feito pela Polícia Militar, que obteve reajuste salarial após realizar greve no ano passado.

O governo recorreu, sob alegação de que a greve atinge área estratégica e que sua manutenção traz prejuízos à população. O TJE (Tribunal de Justiça do Estado) só vai divulgar sua decisão na próxima segunda-feira.

Os policiais civis reivindicam reajuste salarial de 28%, por meio do aumento do menor salário-base, de R$ 74,28 para R$ 180. Querem ainda a contratação de 1.600 pessoas já aprovadas em concurso público e a reestruturação das delegacias.

 

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