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10/07/2001
-
03h16
CLAUDIO LIZA JUNIOR
da Folha de S.Paulo, em Campinas
A direção da Cadeia Pública de Jundiaí (60 km de São Paulo) passou o dia de ontem em negociações com os 308 presos da unidade. O objetivo é conter a ameaça de rebelião que ronda o local desde que foi descoberto, na noite de anteontem, um túnel de 20 metros de comprimento em uma das celas da carceragem.
De acordo com o diretor da cadeia, Florisval Silva Santos, os detentos estão revoltados com a superlotação do prédio, que tem capacidade para manter 180 detentos. O número de presos na cadeia de Jundiaí é 71% superior à capacidade do local.
Santos também afirmou ter prometido não punir os responsáveis pela construção do túnel que foi descoberto anteontem, para acalmar os detentos.
"Falei para os presos que não vou promover represálias e não vou aplicar castigos, para evitar problemas. Estou procurando negociar para garantir a integridade dos carcereiros, que estão sempre nas celas e podem ficar reféns deles a qualquer momento", afirmou o diretor da cadeia.
Santos também informou ter solicitado à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária o cumprimento da promessa, feita neste mês, de transferência constante de detentos.
"Precisamos reduzir a população de 308 para uns 260, para resgatar a tranquilidade na cadeia. Espero por, pelo menos, dez transferências semanais, a partir de amanhã", declarou Santos.
"Estamos realizando concessões, mas sem deixar os presos tomarem conta. Uma das reivindicações deles, por exemplo, era a minha saída do comando, coisa que não vai acontecer".
Faz somente duas semanas que Santos assumiu a direção da cadeia de Jundiaí.
Luz e ventilação
O túnel descoberto pelos agentes carcerários anteontem possuía iluminação, ventiladores e interligação entre pelo menos três celas.
Caso o túnel não tivesse sido descoberto, a Cadeia Pública de Jundiaí poderia ter registrado a maior fuga de sua história, no último final de semana.
De acordo com a direção da cadeia, os detentos programavam utilizar o túnel no mesmo dia em que ele foi descoberto.
Ontem, duas celas da detenção, que possuíam capacidade para abrigar nove detentos cada uma, ficaram desativadas.
Os aproximadamente 40 homens que estavam detidos nesses locais foram reacomodados em outras quatro celas -todas elas superlotadas.
A previsão da Polícia Civil de Jundiaí é que o fechamento do buraco aberto pelos presos em uma das celas aconteça hoje.
Direção tenta evitar motim na Cadeia Pública de Jundiaí
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da Folha de S.Paulo, em Campinas
A direção da Cadeia Pública de Jundiaí (60 km de São Paulo) passou o dia de ontem em negociações com os 308 presos da unidade. O objetivo é conter a ameaça de rebelião que ronda o local desde que foi descoberto, na noite de anteontem, um túnel de 20 metros de comprimento em uma das celas da carceragem.
De acordo com o diretor da cadeia, Florisval Silva Santos, os detentos estão revoltados com a superlotação do prédio, que tem capacidade para manter 180 detentos. O número de presos na cadeia de Jundiaí é 71% superior à capacidade do local.
Santos também afirmou ter prometido não punir os responsáveis pela construção do túnel que foi descoberto anteontem, para acalmar os detentos.
"Falei para os presos que não vou promover represálias e não vou aplicar castigos, para evitar problemas. Estou procurando negociar para garantir a integridade dos carcereiros, que estão sempre nas celas e podem ficar reféns deles a qualquer momento", afirmou o diretor da cadeia.
Santos também informou ter solicitado à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária o cumprimento da promessa, feita neste mês, de transferência constante de detentos.
"Precisamos reduzir a população de 308 para uns 260, para resgatar a tranquilidade na cadeia. Espero por, pelo menos, dez transferências semanais, a partir de amanhã", declarou Santos.
"Estamos realizando concessões, mas sem deixar os presos tomarem conta. Uma das reivindicações deles, por exemplo, era a minha saída do comando, coisa que não vai acontecer".
Faz somente duas semanas que Santos assumiu a direção da cadeia de Jundiaí.
Luz e ventilação
O túnel descoberto pelos agentes carcerários anteontem possuía iluminação, ventiladores e interligação entre pelo menos três celas.
Caso o túnel não tivesse sido descoberto, a Cadeia Pública de Jundiaí poderia ter registrado a maior fuga de sua história, no último final de semana.
De acordo com a direção da cadeia, os detentos programavam utilizar o túnel no mesmo dia em que ele foi descoberto.
Ontem, duas celas da detenção, que possuíam capacidade para abrigar nove detentos cada uma, ficaram desativadas.
Os aproximadamente 40 homens que estavam detidos nesses locais foram reacomodados em outras quatro celas -todas elas superlotadas.
A previsão da Polícia Civil de Jundiaí é que o fechamento do buraco aberto pelos presos em uma das celas aconteça hoje.
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