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10/07/2001 - 10h27

Polícias Civil e Militar de SP fazem assembléia e discutem greve

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MILENA BUOSI
da Folha Online

Policiais civis e militares de São Paulo realizam nesta manhã uma assembléia para discutir os rumos das corporações. Os policiais rejeitaram decisão do governo de conceder aumento de 6% a 10% sobre o salário base. A categoria reivindica 41,04% e analisa uma paralisação. Pela primeira vez na história, policiais civis e militares realizam uma reivindicação salarial unificada.

Deverão estar presentes na assembléia representantes de 13 entidades da PM e 24 da Polícia Civil. "Vamos discutir os rumos que o movimento vai tomar. Até agosto, temos de pressionar a Assembléia Legislativa para não aprovar a proposta. Também iremos discutir uma possível paralisação", disse o presidente do Sindicato dos Investigadores de São Paulo, João Rebouças.

Pela proposta do governo, os operacionais da polícia receberão aumento de 10% sobre o salário-base. No nível médio, o reajuste será de 8%; e no nível superior, acima de major, de 6%. Na Polícia Civil, o menor salário para o quadro operacional passa a ser de R$ 1.000 em cidades com menos de 50 mil habitantes; de R$ 1.050 para cidades entre 50 mil e 200 mil habitantes; de R$ 1.100 para aquelas entre 200 mil e 500 mil habitantes; e de R$ 1.150 para municípios com população superior a 500 mil habitantes.

Para delegados, peritos criminais e médicos do IML e para oficiais PM, o recebimento mínimo foi fixado em R$ 2.500.

Rebouças afirmou que a categoria foi traída pelo governo. Segundo ele, representantes das corporações se reuniram com secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na última quinta-feira e não obtiveram proposta. Na sexta-feira pela manhã, Alckmin anunciou o reajuste salarial.

"Estivemos no Palácio do Governo na quinta-feira e o governo disse que não tinha proposta e pediram para que aguardássemos que em 15 dias nos chamariam para conversar. Em menos de 24 horas, o governador anunciou o aumento para a imprensa. Fomos apunhalados pelas costas", disse.

Alckmin disse acreditar que as corporações não farão greve. Ontem, policiais civis e PMs da reserva protestaram contra o governador durante o desfile em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932. Os policiais usaram faixas e nariz de palhaço.

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