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Dois meses após acidente com vôo 3054, famílias ainda esperam corpo
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DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo
Dois meses após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, que deixou 199 mortos e tornou-se a maior tragédia da aviação brasileira, quatro famílias ainda vivem a dor da espera pelo reconhecimento dos corpos de seus parentes.
Oficialmente, a Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo diz que os peritos do IC (Instituto de Criminalística) ainda estão trabalhando no caso. Extra-oficialmente, alguns familiares contam que já ouviram dos próprios funcionários do instituto que não há mais nada a fazer.
Cansadas de aguardar, duas famílias decidiram fazer enterros simbólicos. No domingo passado, a comissária Michelle Leite, 26, única integrante da tripulação não-identificada pelos legistas, teve seus pertences sepultados no Cemitério do Carmo, em São Paulo.
Dois dias antes, a mamadeira e a mochila de Levi Ponce de Leão, um ano e oito meses, foram enterrados ao lado do corpo da mãe, Jamile, 21, identificado no dia 11 de agosto.
Os parentes de Ivalino Bonato, 54, ainda esperam, mas têm poucas esperanças. Já Eliane, a mulher de Andrei Mello, 42, não quer o corpo do marido. Prefere guardar a lembrança dele vivo.
A reportagem também procurou a assessoria de imprensa do IML (Instituto Médico Legal) para entrevistar os legistas e peritos que há 60 dias trabalham no caso.
O pedido foi negado com a alegação de que eles só falarão quando os trabalhos forem encerrados. Não há previsão para o término do trabalho, que analisa fragmentos de pele encontrados no local do acidente.
Neste momento, o laboratório de DNA do IC está analisando amostras diferentes dos mesmos tecidos encontrados. Cerca de 20 funcionários estão envolvidos no caso.
A TAM também diz que continua dando apoio aos parentes das vítimas. Segundo o último "Resumo de assistência às vítimas", divulgado pela empresa em 28 de agosto, 195 funerais tinham sido pagos, a um valor total de R$ 1,5 milhão.
Ainda segundo o relatório, 91 parentes tinham recebido da empresa adiantamentos de R$ 30 mil cada um.
A assessoria de imprensa da TAM afirmou que, no início da semana, 14 parentes ainda estavam acomodados em hotéis e que R$ 3,6 milhões tinham sido gastos em hospedagem e táxi.
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Agora, por causa do acidente a TAM deve fechar as portas, colocar todos os colaboradores na rua, cair no ostracismo, não mais patrocinar eventos, enfim.
Estamos há menos de uma semana para que o acidente complete 1 ano, creio que haja uma certa, vamos dizer, apimentada na reportagem. É pertinente uma matéria deste tipo às vésperas deste acidente que chocou o Brasil.
Agora, leram a reportagem, sobre a "lajona" em CGH para o pátio VIP? http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u421333.shtml . Olha, de forma alguma provocando os familiares das vítimas do JJ3054, mas com todo o respeito, cadê a mesma energia para atacarem mais esta brilhante atuação do ministro Nelson Jobim?
Aliás, apenas por informação as mesmas pistas que os jatos do GTE (Grupo de Transporte Especial do qual o A319 presidencial faz parte) usam são as mesmas pistas das demais aeronaves e inclusive, se o Sr. Presidente está abordo de uma aeronave, o aeroporto tem suas operações comerciais suspensas temporariamente para que esta aeronave pouse ou decole.
Esta medida sim é uma provocação, não o Parquinho da TAM no Shopping.
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