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15/07/2001 - 05h18

Detento que já escapou três vezes diz que vai fugir daqui a seis meses

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ALESSANDRO SILVA
da Folha de S.Paulo

Nenhum fugitivo é tão famoso hoje em dia quanto Alexandre Pires Ferreira, 27, o ET. Nos últimos dois anos, a polícia paulista o prendeu quatro vezes, duas em flagrante, e ele escapou três vezes da prisão, de modo misterioso.

ET está na cadeia agora. Foi recapturado no Capão Redondo (zona sul da capital) no último dia 19, após ficar um mês foragido. Mas ele já avisou: ''Vou fugir de novo, daqui a seis meses''.

Condenado a 23 anos de prisão por dois assaltos, Ferreira aguarda ainda dois julgamentos: é acusado de um latrocínio e do assalto ao Hopi Hari, na região de Campinas, no intervalo entre uma de suas fugas e recapturas, em 2000.

Ex-mecânico, sua vida no crime começa oficialmente em 1992, com um furto em Itapecerica da Serra (SP), aos 18 anos.

Desde então, tornou-se um assaltante de banco, segundo a polícia, detido pelo menos três vezes pelo Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais) da capital paulista.
Em 7 de abril de 1999, policiais civis o prenderam em flagrante. Estava para começar a sequência de idas e vindas da cadeia.
ET foi transferido da carceragem do Depatri. Ficou nove dias na Penitenciária 2 de Guarulhos e mais quatro dias na Penitenciária de Franco da Rocha, de onde escapou em 30 de junho de 1999.
Pelos registros do presídio, ele e outros três detentos serraram as grades da cela, caminharam pelos corredores, pularam um muro de nove metros e não foram vistos. Tudo isso no meio da tarde.
Em 14 de janeiro de 2000, ET foi preso. Exatos 45 dias depois, sumiu da carceragem do Depatri, sem deixar pistas, no meio de outros 250 encarcerados. Ao ser preso de novo, contou à Corregedoria da Polícia Civil que fugiu vestido de mulher, em dia de visita. Nove carcereiros foram afastados.
Foi preso de novo, 34 dias após escapar do Depatri, participando de um arrastão em um prédio de classe média-alta no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo.
Com documentação falsa, foi reconhecido por acaso por um delegado do Depatri.
Dia 24 de maio deste ano, fugiu novamente, durante o dia, quando era escoltado para um presídio no interior, na rodovia Castelo Branco, a 62 km da capital.
Em uma ação típica de guerrilheiros, homens armados interceptaram o caminhão onde os presos viajavam, guardados por quatro PMs. Um policial morreu.
Mais 12 presos participaram da fuga, que pode ter sido encomendada pelo PCC. Há uma investigação sigilosa em andamento. Em 19 de junho, foi preso novamente.
 

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