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17/07/2001
-
04h03
da Folha de S.Paulo
Os resultados do acordo com as viações que resultou no aumento da tarifa para R$ 1,40, em troca da renovação de parte da frota, não têm sintonia com as próprias diretrizes estabelecidas pelo PT na época das eleições.
O programa de governo de Marta diz que "a política tarifária a ser praticada deve ter como objetivo uma tarifa socialmente justa". Afirma que a prefeitura "deverá exigir dos empresários a renovação da frota de ônibus (...) com a introdução de veículos dotados de motor traseiro e câmbio automático, que proporcionam tanto uma melhor condição de trabalho ao motorista como conforto para os passageiros".
Cita ainda a "melhoria no acesso aos veículos, atualmente com degraus, portas, assentos e catracas constrangedores aos usuários, dificultando aos portadores de deficiência física, pessoas obesas, idosas e mulheres grávidas".
No acordo com as empresas, Marta Suplicy exigiu apenas 10% dos ônibus novos com piso antiderrapante e degraus baixos para facilitar a acessibilidade e que só 40% tivessem motor traseiro. A tarifa de R$ 1,40 é, pela primeira vez na história, mais alta que a de metrô, se considerados os valores dos bilhetes múltiplos de dois (R$ 2,70, ou R$ 1,35 por viagem) e de dez (R$ 12,50, ou R$ 1,25 por viagem) desse sistema.
A Folha ouviu na semana passada onze especialistas para analisar as ações da gestão Marta no setor. A avaliação da maioria é que, com as condições do acordo (alta da tarifa sem melhorias imediatas), a administração pode ter dado um tiro no próprio pé, favorecendo os clandestinos.
Os técnicos também criticam a falta de implementação de propostas discutidas na época das eleições, que poderiam minimizar a fuga de passageiros. Por exemplo, a criação de faixas exclusivas de ônibus, até mesmo duplas. A Secretaria dos Transportes organizou operações para aumentar a velocidade do transporte coletivo em apenas dois pontos da cidade (avenidas Celso Garcia e Santo Amaro).
(AI)
Acerto com empresas de ônibus contradiz programa da prefeita
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Os resultados do acordo com as viações que resultou no aumento da tarifa para R$ 1,40, em troca da renovação de parte da frota, não têm sintonia com as próprias diretrizes estabelecidas pelo PT na época das eleições.
O programa de governo de Marta diz que "a política tarifária a ser praticada deve ter como objetivo uma tarifa socialmente justa". Afirma que a prefeitura "deverá exigir dos empresários a renovação da frota de ônibus (...) com a introdução de veículos dotados de motor traseiro e câmbio automático, que proporcionam tanto uma melhor condição de trabalho ao motorista como conforto para os passageiros".
Cita ainda a "melhoria no acesso aos veículos, atualmente com degraus, portas, assentos e catracas constrangedores aos usuários, dificultando aos portadores de deficiência física, pessoas obesas, idosas e mulheres grávidas".
No acordo com as empresas, Marta Suplicy exigiu apenas 10% dos ônibus novos com piso antiderrapante e degraus baixos para facilitar a acessibilidade e que só 40% tivessem motor traseiro. A tarifa de R$ 1,40 é, pela primeira vez na história, mais alta que a de metrô, se considerados os valores dos bilhetes múltiplos de dois (R$ 2,70, ou R$ 1,35 por viagem) e de dez (R$ 12,50, ou R$ 1,25 por viagem) desse sistema.
A Folha ouviu na semana passada onze especialistas para analisar as ações da gestão Marta no setor. A avaliação da maioria é que, com as condições do acordo (alta da tarifa sem melhorias imediatas), a administração pode ter dado um tiro no próprio pé, favorecendo os clandestinos.
Os técnicos também criticam a falta de implementação de propostas discutidas na época das eleições, que poderiam minimizar a fuga de passageiros. Por exemplo, a criação de faixas exclusivas de ônibus, até mesmo duplas. A Secretaria dos Transportes organizou operações para aumentar a velocidade do transporte coletivo em apenas dois pontos da cidade (avenidas Celso Garcia e Santo Amaro).
(AI)
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