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27/06/2000 - 17h19

Para Sabesp, rodízio é positivo após um mês, mas nível da Guarapiranga continua caindo

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GIULIANA ROVAI, repórter da Folha Online

O vice-presidente de produção da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Antonio Marsiglia Netto, afirmou que o racionamento de água adotado desde o dia 1º deste mês para 3 milhões de pessoas nas zonas sul e sudoeste de São Paulo está sendo positivo. A medida completa um mês no próximo sábado.

Apesar da avaliação, o nível do reservatório Guarapiranga, que abastece a região, continua a cair. O mesmo ocorre com o sistema Alto Cotia, onde cerca de 400 mil pessoas também enfrentam falta de água desde o dia 11 de abril.

Os sistemas Alto Cotia e Guarapiranga operam com nível de armazenamento abaixo do normal (17,4% e 33,3%, respectivamente).

A queda (em média de 0,3 ponto percentual a cada dia) ocorre mesmo com medidas emergenciais adotadas pela Sabesp na semana passada, quando foram colocadas em funcionamento duas obras para "socorrer" os dois reservatórios _duas estações que bombeiam 600 l/s da Guarapiranga para o Alto Cotia e a transferência dessa mesma quantidade do sistema Cantareira para o Guarapiranga, por meio da adutora do Cadiriri.

De acordo com Marsiglia, só será possível notar uma melhora significativa na situação dos reservatórios quando ficar pronta a obra do Taquacetuba, programada para transferir 4 m3/s da represa Billings para a Guarapiranga a partir de 1º de setembro.

"As obras que foram feitas até agora só fazem com que a situação não se agrave, e sim se estabilize. A previsão inicial da Sabesp é concluir a obra (Taquacetuba) até setembro, mas estamos fazendo de tudo para que fique pronta em agosto", afirmou Marsiglia. A idéia é antecipar ao máximo, nem que seja para bombear apenas metade do previsto.

Marsiglia diz que, antes do racionamento, o nível dessas duas represas caía cerca de 0,5 ponto percentual ao dia. Com o rodízio, ele afirma que a queda passou a ser de 0,3 ponto percentual. "Chegou até a não cair nada do dia 20 para o 21, quando choveu."

Em relação ao Alto Cotia, Marsiglia disse que, no dia da chuva, problemas com a energia fizeram com que a Sabesp aumentasse a produção do sistema e, por isso, o ritmo de queda não diminuiu nos últimos dias.

De acordo com o vice-presidente, a companhia está economizando cerca de 190 milhões de litros de água por dia, o que representa entre 12% e 15% da produção. "A população está demonstrando atitudes de cidadania e economizando água", disse Marsilglia.

Hoje, a Sabesp produz 10,8 m3/s, mas a intenção é diminuir essa quantidade para 10 m3 até 20 de julho, diminuindo, assim, ainda mais o ritmo de queda da represa. Marsiglia garante que para isso não será necessário ampliar as horas do racionamento.

O secretário de Recursos Hídricos, Antônio Carlos de Mendes Thame, também faz uma avaliação positiva do racionamento.

Segundo ele, se a situação se mantiver do jeito que está, não será necessário aumentar as horas de racionamento até 1º de setembro, quando deve entrar em operação a obra do Taquacetuba.

No entanto, ele afirmou que a Sabesp ainda não recebeu a autorização da Secretaria de Meio Ambiente para poder transferir 4 m3/s da Billings para a Guarapiranga.

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