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17/07/2001
-
15h38
MILENA BUOSI
da Folha Online
Policias civis e militares de São Paulo entregarão simbolicamente um diploma de "persona non grata" ao secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, durante ato público marcado para a próxima terça-feira (24), no largo São Francisco, região central da cidade.
No esboço do diploma os policiais fazem duras críticas ao secretário e dizem que ele não tem liderança nem profissionalismo "à frente da polícia de São Paulo". O ato foi decidido em reunião nesta manhã entre representantes das corporações.
Os policiais, em campanha salarial, definiram ainda estratégias da chamada operação Banzai, na qual a categoria realizará manifestações durante atos públicos do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de Petrelluzzi.
Projeto do governo concede aumento de 6% a 10% sobre o salário base dos policiais. A categoria reivindica 41,04%.
Os policiais também analisam realizar manifestações na Assembléia Legislativa em agosto, quando deve ser apreciado o projeto sobre o reajuste. A idéia é impedir a votação ou fazer com que deputados apresentem emendas ao projeto. Paralelamente, as corporações esperam que o governo volte a negociar.
Até agosto, as polícias não deverão decidir por uma greve, segundo o presidente do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo, Paulo Siquetto. "O secretário disse que não tem mais nada para discutir. Vamos tentar reabrir diálogo com o governo e impedir a votação do projeto. Se nada disso ocorrer, vamos radicalizar", disse.
A Secretaria da Segurança informou que Petrelluzzi não irá mais discutir o assunto e que o que poderia ser feito já foi oferecido aos policiais.
Segundo Siquetto, as mulheres de PMs já se mobilizam para eventualmente realizarem atos em frente aos batalhões para impedir o trabalhos dos policiais, que são proibidos por lei de entrar em greve. As mulheres dos PMs também deverão participar do ato na próxima terça-feira, na entrega simbólica do diploma.
Caso algum policial seja preso por causa do movimento _como ocorreu na Bahia_, as corporações prometem realizar atos no local onde o policial estiver detido.
Apoio
Além da Força Sindical, os policiais de São Paulo contam com o apoio de funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) para pressionar o governo por reajuste salarial.
O presidente do sindicato da categoria, Antônio Gilberto da Silva, esteve reunido hoje com a direção da Febem. No entanto, segundo ele, as negociações _que ocorrem há quatro meses_ não avançam. Os funcionários querem reajuste de 28%.
"Apoiamos a mobilização da polícia. As categorias devem pressionar o governo", disse. "Os funcionários da Febem irão marcar assembléias regionais na próxima semana para discutir o caminho que iremos tomar. Não está descartada uma greve."
Policiais entregarão diploma de "persona non grata" a Petrelluzzi
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da Folha Online
Policias civis e militares de São Paulo entregarão simbolicamente um diploma de "persona non grata" ao secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, durante ato público marcado para a próxima terça-feira (24), no largo São Francisco, região central da cidade.
No esboço do diploma os policiais fazem duras críticas ao secretário e dizem que ele não tem liderança nem profissionalismo "à frente da polícia de São Paulo". O ato foi decidido em reunião nesta manhã entre representantes das corporações.
Os policiais, em campanha salarial, definiram ainda estratégias da chamada operação Banzai, na qual a categoria realizará manifestações durante atos públicos do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de Petrelluzzi.
Projeto do governo concede aumento de 6% a 10% sobre o salário base dos policiais. A categoria reivindica 41,04%.
Os policiais também analisam realizar manifestações na Assembléia Legislativa em agosto, quando deve ser apreciado o projeto sobre o reajuste. A idéia é impedir a votação ou fazer com que deputados apresentem emendas ao projeto. Paralelamente, as corporações esperam que o governo volte a negociar.
Até agosto, as polícias não deverão decidir por uma greve, segundo o presidente do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo, Paulo Siquetto. "O secretário disse que não tem mais nada para discutir. Vamos tentar reabrir diálogo com o governo e impedir a votação do projeto. Se nada disso ocorrer, vamos radicalizar", disse.
A Secretaria da Segurança informou que Petrelluzzi não irá mais discutir o assunto e que o que poderia ser feito já foi oferecido aos policiais.
Segundo Siquetto, as mulheres de PMs já se mobilizam para eventualmente realizarem atos em frente aos batalhões para impedir o trabalhos dos policiais, que são proibidos por lei de entrar em greve. As mulheres dos PMs também deverão participar do ato na próxima terça-feira, na entrega simbólica do diploma.
Caso algum policial seja preso por causa do movimento _como ocorreu na Bahia_, as corporações prometem realizar atos no local onde o policial estiver detido.
Apoio
Além da Força Sindical, os policiais de São Paulo contam com o apoio de funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) para pressionar o governo por reajuste salarial.
O presidente do sindicato da categoria, Antônio Gilberto da Silva, esteve reunido hoje com a direção da Febem. No entanto, segundo ele, as negociações _que ocorrem há quatro meses_ não avançam. Os funcionários querem reajuste de 28%.
"Apoiamos a mobilização da polícia. As categorias devem pressionar o governo", disse. "Os funcionários da Febem irão marcar assembléias regionais na próxima semana para discutir o caminho que iremos tomar. Não está descartada uma greve."
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