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18/07/2001
-
13h41
MILENA BUOSI
da Folha Online
Policiais civis e militares de Alagoas entraram em greve e realizam uma passeata em Maceió. Pela manhã, oficiais da PM decidiram aderir à paralisação que foi anunciada na noite de ontem por cabos e soldados da corporação. Os policiais querem negociar pessoalmente com o governador Ronaldo Lessa (PSB).
Estão parados, segundo entidades representativas da categoria, cerca de 8.000 PMs e 1.400 policiais civis, o que representa quase todo o efetivo das corporações.
Alguns policiais estão aquartelados, outros estão nas delegacias _mas não trabalham_, e outros participam da manifestação. A passeata, segundo a Associação de Cabos e Soldados de Alagoas, passará pelo quartel do comando geral da PM, Assembléia Legislativa e seguirá até o Palácio do Governo.
Segundo a associação, alguns policias estão a pé e outros utilizam carros e motos da própria corporação no ato.
"A paralisação vai continuar até que o governo decida dar os reajustes que pedimos, ou que o governador decida negociar pessoalmente", disse o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos Fernandes.
Policiais civis e cabos e soldados da PM reivindicam piso salarial de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na Polícia Militar é de R$ 380 e na Polícia Civil, de R$ 600. Já os oficiais querem aumento de 50%.
As categorias rejeitaram proposta oferecida pelo governo de reajuste de 20% para cabos e soldados, 10% para sargentos e subtenentes e 5% para oficiais. Para a Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos e aumento de 10,68%.
Desfile
A Associação de Cabos e Soldados informou que o governador participou nesta manhã de uma solenidade em Mata Grande, a cerca de 400 km de Maceió, onde policiais do batalhão de Arapiraca iriam desfilar. No entanto, segundo a associação, os policias cantaram o Hino Nacional e "se dispersaram".
Ainda de acordo com a associação, pela manhã houve confusão entre policiais no centro de Maceió. Um tenente que trabalha no Palácio do Governo flagrou um sargento obrigando policiais a recolherem os carros da PM. O sargento foi detido e a tropa de choque acionada. Segundo a associação, ao chegar ao local do tumulto, os policiais não prenderam o sargento e teriam aderido ao movimento.
Por volta das 12h, segundo a associação, homens do Corpo de Bombeiros de Maceió decidiram aderir à paralisação, mas foram impedidos pelo comando, que teria tentado conter os policiais no auditório. Policiais rebelados entraram no quartel atirando para o alto para "resgatar" os colegas. Não houve feridos.
De acordo com policiais, pelo menos três agências bancárias de Maceió foram alvejadas.
O comando de greve deverá realizar nova reunião às 18h no Sindicato da Polícia Civil.
Leia mais no especial sobre a crise na polícia
Em greve, policiais civis e militares fazem passeata em Alagoas
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da Folha Online
Policiais civis e militares de Alagoas entraram em greve e realizam uma passeata em Maceió. Pela manhã, oficiais da PM decidiram aderir à paralisação que foi anunciada na noite de ontem por cabos e soldados da corporação. Os policiais querem negociar pessoalmente com o governador Ronaldo Lessa (PSB).
Estão parados, segundo entidades representativas da categoria, cerca de 8.000 PMs e 1.400 policiais civis, o que representa quase todo o efetivo das corporações.
Alguns policiais estão aquartelados, outros estão nas delegacias _mas não trabalham_, e outros participam da manifestação. A passeata, segundo a Associação de Cabos e Soldados de Alagoas, passará pelo quartel do comando geral da PM, Assembléia Legislativa e seguirá até o Palácio do Governo.
Segundo a associação, alguns policias estão a pé e outros utilizam carros e motos da própria corporação no ato.
"A paralisação vai continuar até que o governo decida dar os reajustes que pedimos, ou que o governador decida negociar pessoalmente", disse o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Alagoas, José Carlos Fernandes.
Policiais civis e cabos e soldados da PM reivindicam piso salarial de R$ 1.200. Hoje, o menor salário na Polícia Militar é de R$ 380 e na Polícia Civil, de R$ 600. Já os oficiais querem aumento de 50%.
As categorias rejeitaram proposta oferecida pelo governo de reajuste de 20% para cabos e soldados, 10% para sargentos e subtenentes e 5% para oficiais. Para a Polícia Civil, o governo anunciou a criação de uma nova política salarial, com a extinção do quinquênio de 5%, a incorporação das gratificações aos vencimentos e aumento de 10,68%.
Desfile
A Associação de Cabos e Soldados informou que o governador participou nesta manhã de uma solenidade em Mata Grande, a cerca de 400 km de Maceió, onde policiais do batalhão de Arapiraca iriam desfilar. No entanto, segundo a associação, os policias cantaram o Hino Nacional e "se dispersaram".
Ainda de acordo com a associação, pela manhã houve confusão entre policiais no centro de Maceió. Um tenente que trabalha no Palácio do Governo flagrou um sargento obrigando policiais a recolherem os carros da PM. O sargento foi detido e a tropa de choque acionada. Segundo a associação, ao chegar ao local do tumulto, os policiais não prenderam o sargento e teriam aderido ao movimento.
Por volta das 12h, segundo a associação, homens do Corpo de Bombeiros de Maceió decidiram aderir à paralisação, mas foram impedidos pelo comando, que teria tentado conter os policiais no auditório. Policiais rebelados entraram no quartel atirando para o alto para "resgatar" os colegas. Não houve feridos.
De acordo com policiais, pelo menos três agências bancárias de Maceió foram alvejadas.
O comando de greve deverá realizar nova reunião às 18h no Sindicato da Polícia Civil.
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