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19/07/2001 - 04h12

PMs ajudam mulheres em bloqueio no PR

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da Agência Folha

O bloqueio de quartéis por mulheres de PMs no Paraná chegou ontem ao quarto dia, com apoio de policiais encapuzados, que seriam de Matinhos, Guarapuava e Paranaguá. Cerca de 20 homens aderiram a protestos
anteontem à noite diante do quartel do Comando Geral da PM (Curitiba).

Ontem de madrugada, o grupo chegou a entrar em conflito com dois policiais que passaram de carro. Escoltadas pelos encapuzados, mulheres cercaram o veículo e tentaram furar os pneus.

Segundo a manifestante Sandra Andréa, um tenente saltou do carro com um revólver na mão, mas não atirou. Ele e um soldado teriam empurrado o grupo. Sandra disse ter batido a cabeça no chão com o empurrão. Duas crianças também teriam sido agredidas.

Os protestos atingiram Curitiba, Paranaguá, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu, mas não impedem o policiamento de rua. O comandante da PM no Paraná, coronel Gilberto Foltran, e outros oficiais estão evitando chegar ao quartel central para não serem barrados pelas manifestantes.

As mulheres de PMs querem a suspensão de punições dos maridos por participação na manifestação de maio e gratificação de 38% para a tropa.
Só 540 de 18 mil homens têm garantido esse percentual, conquistado na Justiça do Trabalho nos anos 90.

O governador Jaime Lerner (PFL) anunciou ontem compensações salariais aos PMs, como um adicional de R$ 100 aos ganhos de soldados a tenentes.
A gratificação de 38% para toda a tropa foi negada.

Outros Estados
Representantes das associações das polícias Civil e Militar saíram insatisfeitos da reunião de ontem com o secretário especial de Gestão do Pará, Sérgio Leão, que discutiu o reajuste das categorias.

Leão ofereceu 16% para policiais militares a partir de agosto. Não houve proposta para a Polícia Civil. As categorias querem reajuste que varia de 18% a 55%.

Na quarta-feira, os policiais farão assembléia para discutir se entram ou não em greve.

Trabalham no Pará 2.600 policiais civis e 15 mil militares. Os menores salários são R$ 504 para um PM e R$ 770 para um civil.

Em Goiás, PMs fazem assembléia no fim da tarde de hoje para decidir se entram em greve. A categoria e o governo não chegaram a um acordo sobre o pagamento do reajuste de 30%, já estipulado por decisão judicial. O governo aceita pagar o aumento em três vezes a partir de janeiro.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Gilberto Cândido Lima,
quer que o reajuste passe a valer já no próximo mês.

No Rio Grande do Sul, líderes dos policiais militares e civis tentarão entregar hoje um documento com reivindicações salariais ao governador Olívio Dutra (PT). Ele vai sancionar leis que concedem vantagens aos servidores da área da segurança pública. Uma das leis a ser sancionada determina o pagamento de 222% do adicional de risco de morte a todos os servidores da segurança pública.

Também serão sancionadas duas leis que regulamentarão o pagamento de horas extras para a Polícia Civil, Brigada Militar (a PM gaúcha), Instituto Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários.

O presidente da Federação das Entidades de Classe da Área da Segurança Pública, Aldoir Prates, disse ontem que os projetos contemplam reivindicações da categoria, mas significam vantagens que não incidem sobre o salário básico. Segundo ele, o magistério e o chamado quadro geral do funcionalismo receberam reajuste no ano passado e devem ter o salário reajustado de novo. "Está havendo discriminação".
 

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