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21/07/2001
-
18h09
GUTO GONÇALVES
da Folha Online
Policiais civis e militares decidiram encerrar a greve iniciada há cinco dias. A decisão foi votada em assembléia da categoria, realizada neste sábado à tarde. Cerca de 200 policias participaram da reunião.
"Vamos voltar ainda hoje ao trabalho, a proposta foi aprovada pela maioria dos policiais", disse o cabo Milton, presidente da Associação de Cabos e Soldados de Alagoas.
Hoje, quinto dia da greve, houve um enfraquecimento do movimento. Maceió e o interior do Estado amanheceram com os oficiais e parte dos soldados da Polícia Militar no trabalho. Pela manhã, PMs já faziam a ronda e carros da polícia circulavam pelas cidades. Segundo o governo e os oficiais, 80% da categoria havia deixado o aquartelamento.
O movimento de volta às atividades já havia começado na noite de ontem, com a nova proposta de reajuste escalonado começando em 6,85%, para os coronéis, e chegando a 20,9%, para os soldados.
A Justiça de Alagoas decidiu ontem que a greve da Polícia Militar do Estado era ilegal. O governador Ronaldo Lessa (PSB) ameaçou punir os grevistas já a partir de hoje. A paralisação dos policiais civis foi considerada legal.
O juiz plantonista Ivan Vasconcelos Brito Júnior decretou a ilegalidade do aquartelamento dos PMs e julgou legal a paralisação dos policiais civis. Pelo regimento da Polícia Militar, os soldados ficam, agora, sujeitos a corte de salários e gratificações e a processos administrativos, que maculam o prontuário profissional, prejudicando futuras promoções.
Como, ao contrário da PM, a Constituição permite ao policial civil fazer greve, a paralisação dos agentes não teve decisão judicial contrária, mas o juiz autorizou o desconto dos dias parados.
Proposta
A pressão contra os policiais aumentou nesta sexta-feira, no final da manhã, com a saída dos oficiais (tenentes, capitães, majores e coronéis) da greve, que aceitaram a nova proposta feita pelo governador, apesar de o índice de reajuste deles ter sido menor que o das duas primeiras tabelas das negociações anteriores.
O governo concedeu 8,48% para os oficiais, que reivindicavam 10%. Para os soldados, a oferta é de 19,56% sobre o piso de R$ 328. A categoria pede piso de R$ 1.200.
Ameaçados por uma proposta discutida no Conselho de Segurança do Estado, os oficiais da Polícia Militar decidiram aceitar a oferta do governador Ronaldo Lessa e voltaram ao trabalho. A ameaça vinha da transformação de seus vencimentos em subsídios, o que quebraria a superposição de vantagens e gratificações e provocaria a redução de seus salários líquidos.
Pela proposta do governador, os reajustes serão escalonados. Os coronéis terão um aumento de 6,85%, que vai aumentando com a redução da patente. Assim, um soldado iniciante teria o reajuste maior: 20,9%.
Policiais de Alagoas encerram greve e voltam ao trabalho hoje
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da Folha Online
Policiais civis e militares decidiram encerrar a greve iniciada há cinco dias. A decisão foi votada em assembléia da categoria, realizada neste sábado à tarde. Cerca de 200 policias participaram da reunião.
"Vamos voltar ainda hoje ao trabalho, a proposta foi aprovada pela maioria dos policiais", disse o cabo Milton, presidente da Associação de Cabos e Soldados de Alagoas.
Hoje, quinto dia da greve, houve um enfraquecimento do movimento. Maceió e o interior do Estado amanheceram com os oficiais e parte dos soldados da Polícia Militar no trabalho. Pela manhã, PMs já faziam a ronda e carros da polícia circulavam pelas cidades. Segundo o governo e os oficiais, 80% da categoria havia deixado o aquartelamento.
O movimento de volta às atividades já havia começado na noite de ontem, com a nova proposta de reajuste escalonado começando em 6,85%, para os coronéis, e chegando a 20,9%, para os soldados.
A Justiça de Alagoas decidiu ontem que a greve da Polícia Militar do Estado era ilegal. O governador Ronaldo Lessa (PSB) ameaçou punir os grevistas já a partir de hoje. A paralisação dos policiais civis foi considerada legal.
O juiz plantonista Ivan Vasconcelos Brito Júnior decretou a ilegalidade do aquartelamento dos PMs e julgou legal a paralisação dos policiais civis. Pelo regimento da Polícia Militar, os soldados ficam, agora, sujeitos a corte de salários e gratificações e a processos administrativos, que maculam o prontuário profissional, prejudicando futuras promoções.
Como, ao contrário da PM, a Constituição permite ao policial civil fazer greve, a paralisação dos agentes não teve decisão judicial contrária, mas o juiz autorizou o desconto dos dias parados.
Proposta
A pressão contra os policiais aumentou nesta sexta-feira, no final da manhã, com a saída dos oficiais (tenentes, capitães, majores e coronéis) da greve, que aceitaram a nova proposta feita pelo governador, apesar de o índice de reajuste deles ter sido menor que o das duas primeiras tabelas das negociações anteriores.
O governo concedeu 8,48% para os oficiais, que reivindicavam 10%. Para os soldados, a oferta é de 19,56% sobre o piso de R$ 328. A categoria pede piso de R$ 1.200.
Ameaçados por uma proposta discutida no Conselho de Segurança do Estado, os oficiais da Polícia Militar decidiram aceitar a oferta do governador Ronaldo Lessa e voltaram ao trabalho. A ameaça vinha da transformação de seus vencimentos em subsídios, o que quebraria a superposição de vantagens e gratificações e provocaria a redução de seus salários líquidos.
Pela proposta do governador, os reajustes serão escalonados. Os coronéis terão um aumento de 6,85%, que vai aumentando com a redução da patente. Assim, um soldado iniciante teria o reajuste maior: 20,9%.
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